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Familiares e amigos recebem diamantes feitos das cinzas de Preta Gil

Desejo manifestado pela cantora meses antes de morrer se concretiza com produção de joias em laboratórios de São Paulo e Curitiba, a partir do carbono de suas cinzas

25/11/2025 às 08:58 por Redação Plox

Familiares e amigos de Preta Gil, que morreu em julho de 2025 em decorrência de um câncer no intestino, começaram a receber diamantes produzidos a partir das cinzas da cantora. O desejo foi manifestado por ela meses antes de morrer e foi atendido após sua cremação.


Preta se interessou pela ideia ao descobrir que pedras preciosas podem ser produzidas em laboratório. Ela considerava a possibilidade de transformar parte de suas cinzas em diamantes uma experiência “magnífica” e compartilhou o plano com amigos próximos.


Após a cremação, uma parte das cinzas foi enviada a um laboratório em São Paulo, responsável por criar diamantes para amigos da artista. Outra parte seguiu para um laboratório em Curitiba, encarregado de produzir um diamante exclusivo para a família Gil.

Diamantes para amigos e para a família

Do material enviado a São Paulo, foram confeccionados 12 diamantes destinados aos amigos de Preta. Cada pedra leva uma gravação com o nome da pessoa homenageada, visível com auxílio de instrumentos específicos e projetada para se multiplicar quando exposta à luz.


O valor inicial desse tipo de peça é de R$ 3.800 e pode aumentar de acordo com o tamanho

O valor inicial desse tipo de peça é de R$ 3.800 e pode aumentar de acordo com o tamanho

Foto: Reprodução / Redes sociais.



Paralelamente, o laboratório de Curitiba produziu um diamante específico para a família Gil. O diamante de 0,3 quilate feito para os familiares já está pronto para ser entregue, assim como as peças destinadas aos amigos começaram a chegar às mãos dos destinatários.

Como as cinzas viram diamantes

Os diamantes são formados essencialmente de carbono. No processo em laboratório, o carbono presente nas cinzas é isolado e convertido em grafite. Esse material segue então para uma etapa de alta tecnologia, em que as condições naturais de formação dos diamantes são reproduzidas de forma acelerada.


Segundo a explicação apresentada no programa, a produção em ambiente controlado comprime em cerca de 60 horas um processo que, na natureza, levaria milhões de anos. Em parte dos casos, o grafite obtido é enviado à Índia para a etapa final da produção; já no caso do diamante da família Gil, todo o procedimento foi realizado no Brasil.

Pressão extrema e alto custo

No laboratório, o carbono inicialmente em pó é submetido a temperaturas que podem chegar a 3.000 graus Celsius e a pressões extremas, simulando condições geológicas profundas para reorganizar os átomos até originar o diamante bruto. Depois disso, a pedra passa por lapidação, ganhando forma e brilho.


O custo inicial para produzir um diamante desse tipo parte de R$ 3.800 e varia conforme o tamanho da pedra. Cada diamante recebe ainda uma certificação gravada a laser, visível apenas com lupa, que inclui o nome da pessoa homenageada.

Lembrança eterna para o círculo de Preta Gil

O gesto tem significado especial para pessoas próximas da cantora. Anos antes, Preta Gil, Duh Marinho, Gominho e duas amigas haviam tatuado um diamante no dedo como símbolo de amizade. Agora, as pedras produzidas em laboratório reforçam esse laço e funcionam como uma forma física de manter a memória da artista presente no dia a dia dos que conviviam com ela.


De acordo com o laboratório, a forma como a luz se multiplica ao atravessar cada diamante é apresentada como uma metáfora de que a presença de Preta continua se projetando e se renovando na vida de quem ficou, transformando luto em uma lembrança duradoura.

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