Governo do RJ fez "Operação de Guerra" para transferir miliciano Zinho
Miliciano é levado para prisão de segurança máxima
Por Plox
25/12/2023 13h43 - Atualizado há mais de 1 ano
Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho e considerado o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro, foi transferido para a unidade de segurança máxima Bangu 1 após se entregar à Polícia Federal (PF) no domingo (24). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro. Zinho, foragido desde 2018, tinha 12 mandados de prisão em aberto e sua captura representa um marco significativo no combate à criminalidade organizada no estado.
A prisão de Zinho foi formalizada "após tratativas entre os patronos do miliciano com a PF e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro", segundo informou a PF. O criminoso se apresentou na Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e no Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas da PF (GISE), na Superintendência Regional da PF.
Zinho era o líder da milícia que domina amplamente áreas da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele assumiu a chefia da maior milícia do estado há pouco mais de um ano, após a morte do irmão Wellington da Silva Braga, o Ecko. Ecko foi morto pela polícia em 12 de junho do ano passado na comunidade de Três Pontes, em Paciência, um dos principais redutos do poder do grupo.

A captura de Zinho segue a Operação Dinastia, deflagrada pela PF na terça-feira passada (19), que cumpriu 17 mandados de prisão contra integrantes da chamada “milícia do Zinho”. Adicionalmente, a operação também envolveu ações contra a deputada Lucia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD). Mensagens interceptadas pela PF indicam que a parlamentar, apelidada de "madrinha" pelo grupo, atuava como lobista em favor das ações da milícia. A Justiça determinou o seu afastamento do cargo.