Perfil de endividamento no Brasil: Divorciados enfrentam maiores desafios financeiros, revela Serasa

Levantamento revela perfis e comportamentos dos brasileiros endividados, com destaque para o impacto do estado civil nas finanças

Por Plox

25/12/2023 13h08 - Atualizado há mais de 1 ano

De acordo com um levantamento recente da Serasa, os brasileiros divorciados são os que permanecem com dívidas por mais tempo. A pesquisa indica que 49% dos indivíduos divorciados têm débitos pendentes há mais de dois anos, superando a média nacional de 46%. Além disso, 36% deste grupo têm dívidas entre seis meses e dois anos.

 

A pesquisa da Serasa, realizada em parceria com o Opinion Box, entrevistou 11.541 inadimplentes registrados em sua base de dados durante outubro de 2023. Entre os entrevistados, 52% eram homens e 48% mulheres. A análise detalha que a maioria dos endividados é solteira (44%), seguida por casados (42%), divorciados (12%) e viúvos (2%). Notavelmente, os divorciados também expressaram menos confiança na quitação de suas dívidas, com 71% acreditando na possibilidade de honrar seus compromissos, em comparação com a média de 73% entre os demais grupos.

 

A classificação etária dos endividados mostra que 24% têm entre 41 e 49 anos, 21% entre 50 e 60 anos, e 28% entre 31 e 40 anos. Idosos e jovens até 24 anos representam 7% cada, enquanto aqueles entre 25 e 30 anos constituem 13% do total.

A principal causa do endividamento foi identificada como desemprego ou redução de renda, com cartão de crédito e crediário de lojas sendo as principais fontes de dívida. Para 53% dos entrevistados, as contas básicas como água, luz e gás representam o maior gasto mensal. Além disso, 74% dos endividados estão com essas dívidas em aberto há mais de um ano. Contudo, 21% desconhecem o impacto dessas despesas em seus orçamentos.

 

O estudo também revela que 83% dos endividados já atrasaram o pagamento de outras contas para priorizar as despesas básicas. Adicionalmente, 61% pediram dinheiro emprestado a amigos ou familiares para cobrir tais custos, enquanto 49% recorreram a empréstimos e 45% enfrentaram o corte de serviços devido a atrasos nos pagamentos.

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