Conflito na herança de Zagallo envolvendo R$ 13 milhões e pedido de interdição

A herança do ex-jogador e técnico Mário Jorge Lobo Zagallo, estimada em R$ 13 milhões, tornou-se o centro de um conflito familiar. O valor, coincidindo com o famoso número da sorte de Zagallo, é disputado entre seus herdeiros, um embate iniciado ainda antes de seu falecimento em 5 de janeiro.

Segundo reportagem do jornal Extra, a contenda familiar ganhou notoriedade pública, marcada por acusações entre os filhos de Zagallo. O conflito teve início em 2016, com um pedido de interdição feito pelos três filhos mais velhos de Zagallo, Paulo Jorge, Maria Cristina e Maria Emília. Eles argumentavam que o pai, devido a problemas de saúde, não tinha mais capacidade para gerir seu patrimônio. Mário Cesar, o filho mais novo, opôs-se a essa ação e assumiu a administração dos bens do pai.

Uma fonte, entrevistada pela reportagem, relatou: "eles (filhos mais velhos) alegavam que Zagallo não poderia gerir o próprio patrimônio porque estava com problemas de saúde e já havia uma questão com o testamento da mãe, que deixou tudo para o viúvo e não para os filhos. Só que ele sempre foi lúcido".

No testamento, Zagallo expressou descontentamento com os três filhos mais velhos, apontando isso como justificativa para deixar a maior parte dos bens para o caçula. Em entrevista ao Estadão, Mário Cesar comentou sobre a decisão do pai: “Não deixar herança para outros filhos, mas é a lei”. A legislação brasileira determina que pelo menos 50% dos bens devem ser partilhados entre todos os herdeiros.

Dessa forma, Zagallo, sentindo-se "profundamente triste e magoado" com os filhos mais velhos, destinou 50% do patrimônio ao filho mais novo. A outra metade seria dividida igualmente entre os quatro filhos, resultando em 62,5% do patrimônio para Mário Cesar e 12,5% para cada um dos outros três irmãos.