A Gol Linhas Aéreas, uma das principais companhias do setor aéreo brasileiro, anunciou na última quinta-feira (25/1) a entrada em um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. Segundo Celso Ferrer, o CEO da empresa, a medida não implicará em alterações nas operações correntes, mantendo todos os serviços ativos.

Contexto e Implicações

O pedido de recuperação judicial decorre de dificuldades financeiras, atribuídas em grande parte às repercussões da pandemia de Covid-19, que impactou severamente a demanda por voos globalmente. Com dívidas estimadas em torno de R$ 20 bilhões, a Gol recorreu ao Chapter 11, um mecanismo de reestruturação de dívidas nos EUA, obtendo US$ 950 milhões (aproximadamente R$ 4,6 bilhões) em crédito para sustentar sua reorganização.

Segurança aos Consumidores

Especialistas em direito do consumidor consultados pela Folha destacam que, embora a situação exija atenção, o precedente estabelecido por outras companhias aéreas latino-americanas, como Latam e Avianca, que passaram por processos similares com sucesso, pode oferecer uma certa tranquilidade aos passageiros da Gol. Recomenda-se, contudo, que as compras de passagens se limitem a viagens de curto prazo, como medida precautória.

Operações Mantidas

A Gol reitera seu compromisso de honrar todos os compromissos assumidos com seus clientes, incluindo a validade de passagens, reembolsos, cupons de viagem e demais obrigações associadas a serviços. A empresa também planeja manter o funcionamento do programa Smiles, bem como a continuidade dos contratos de arrendamento de aeronaves.

Perspectivas Futuras

Apesar do cenário desafiador, a Gol transmite confiança na manutenção de suas operações e na efetividade do processo de recuperação judicial. A empresa continua a vender passagens e a promover ações, como descontos em voos relacionados à cidade de São Paulo, demonstrando esforços para assegurar a continuidade de suas atividades e a satisfação de seus clientes.