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Saúde
Estresse crônico tem ligação com crescimento de câncer, diz estudo
a pesquisa utilizou ratos com câncer de mama para investigar como o estresse pode afetar o crescimento tumoral e a metástase
26/02/2024 às 16:42por Redação Plox
26/02/2024 às 16:42
— por Redação Plox
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Pesquisadores do Laboratório Cold Spring Harbor, nos Estados Unidos, apresentaram um estudo inovador que ilumina a compreensão sobre o impacto do estresse crônico no desenvolvimento e progressão do câncer. Publicada na revista Cancer Cell, a pesquisa utilizou ratos com câncer de mama para investigar como o estresse pode afetar o crescimento tumoral e a metástase, especialmente para os pulmões.
Foto: Reprodução/ Pixabay
O experimento dividiu os ratos em dois grupos: um submetido a situações de estresse, como exposição a luzes intermitentes, sons altos e privação alimentar, e outro mantido em condições normais. Os resultados foram claros: aqueles expostos ao estresse não só apresentaram um crescimento tumoral mais acelerado como também um aumento significativo na incidência de metástases pulmonares, chegando a quatro vezes mais que o grupo controle.
Foto: Reprodução/ Pixabay
Os cientistas descobriram que o estresse crônico estimula a formação de "redes pegajosas" de neutrófilos, células brancas do sangue essenciais para o combate a infecções e reparo de lesões. No entanto, neste contexto, essas redes acabam facilitando a invasão e disseminação das células cancerígenas nos tecidos. Além disso, observou-se que o estresse reduzia a quantidade de células imunológicas, como células T e NK, ao passo que aumentava os neutrófilos que migram para os tumores, promovendo sua expansão.
A pesquisa também apontou a corticosterona, um hormônio do estresse, como um facilitador na disseminação do câncer e na formação de lesões pulmonares nos ratos. Esses achados são um passo importante para entender a dinâmica entre estresse e câncer, reforçando a necessidade de integrar a gestão do estresse nas estratégias de tratamento e prevenção da doença.
"A redução do estresse deve ser um componente do tratamento e prevenção do câncer", enfatiza a professora Linda Van Aelst, do Cold Spring Harbor Lab. Apesar dos resultados significativos, os pesquisadores ressaltam que, enquanto o estresse parece promover a progressão do câncer, mais estudos são necessários para determinar se o estresse por si só é um fator de risco direto para o desenvolvimento de tumores.