Existem empresas que não podem parar; o que fazer?

Mais do que as empresas de alimentação e saúde, outras também são essenciais e não podem parar

Por Plox

26/03/2020 15h48 - Atualizado há mais de 4 anos

No meio de toda a polêmica entre grupos que defendem a manutenção e até a expansão da medida de fechamento de empresas e outros que defendem a volta dos trabalhadores a normalidade, existe até entre eles um consenso: é que, independentemente da priorização da conservação da saúde ou da conservação dos empregos, existem empresas que não podem parar. 

Na região do Vale do Aço, em Minas Gerais, algumas empresas tem se empenhado na busca de encontrar uma solução para preservar a saúde, mas evitar a interrupção das atividades que, em alguns casos, significaria até mesmo prejudicar a área da saúde ainda mais.

Sem ter a pretensão de citar todos os casos, podemos mencionar a companhia de água, Copasa, a companhia de energia elétrica, Cemig, a Usiminas, a Aperam e as empresas que distribuem alimentos e remédios.

Copasa

O serviço de abastecimento de água é um dos que não podem parar, mesmo com a pandemia de coronavírus. “Já pensou ficar todo esse período em casa, sem poder lavar as mãos, ou tomar banho, ou lavar os alimentos?”, indagou um colaborador da empresa, que afirmou que a companhia não está medindo esforços para manter a atividade e o fornecimento neste momento de crise.

copasa-apresenta-balanco-de-2016-e-mostra-recuperacao-de-rentabilidade 10320171128300Foto: Divulgação
 

Cemig

A energia elétrica é outro item que todos concordam ser extremamente necessário. “Milhares de profissionais que compõe a força de trabalho da Companhia Energética de Minas Gerais estão nas ruas, neste momento, trabalhando para garantir a continuidade dos serviços de fornecimento de energia elétrica. O serviço é considerado essencial, como dos profissionais de saúde, bombeiros e polícia, entre outros. Sem segurança energética, a vida em isolamento social ficaria muito mais difícil”, explicou a empresa.

image005Foto: Divulgação
 

Usiminas

Outra que “não pode parar”, instalada no Vale do Aço, é a Usiminas. Empresa âncora da região, cuja economia se desenvolve completamente em torno dela. Existem processos e equipamentos siderúrgicos que, ao serem interrompidos, podem danificar todo o sistema, que para voltar normalmente à produção exigiria até vários meses de paralisação e investimentos para sua retomada.

“Seguem atuando nas plantas apenas as equipes estritamente necessárias para a manutenção das operações”, explicou a empresa.

USIMINAS-Ipatinga-Alto-Forno-1 1Alto forno foi reaberto após anos paralisado. Foto: arquivo PLOX
 

A Usiminas tem realizado uma série de ações específicas, como aferição de temperatura na entrada, reforço na limpeza de ambientes e equipamentos, redução do fluxo de pessoas, suspensão da entrada de visitantes, cancelamento de viagens, restrição de reuniões, entre outros.
 
Nos refeitórios, entre outras medidas, o serviço foi alterado para marmitex e estão sendo utilizados talheres descartáveis. O número de pessoas dentro dessas instalações foi limitado, de modo a garantir o distanciamento. A Usiminas também está realizando o controle de lotação dos ônibus e liberando parte da equipe a entrar na Usina de bicicleta.

Aperam

O mesmo acontece na Aperam. A atividade operacional é considerada essencial para sobrevivência da economia da região e uma possível suspensão das atividades poderá implicar também uma parada da usina que fabrica os gases fornecidos aos hospitais da região e que são essenciais para funcionamento das UTI´s.

Segundo a empresa, paradas não programadas podem significar custos incompatíveis com a continuidade do negócio. “Devemos buscar a manutenção das atividades visando atenuar os inevitáveis impactos econômicos que toda a economia e sociedade sofrerá”, ressalta o presidente da Aperam. 

Distribuidoras de alimentos e remédios

Um dos segmentos em que o senso comum consegue perceber de imediato a necessidade de que não seja interrompido é o setor de alimentação e remédios. Supermercados, mercearias, padarias, farmácias e outros ligados a saúde, se tornam neste momento ainda mais essenciais. Assim, não podem parar. Pelo contrário, precisam ter suas operações ainda mais eficientes.
 

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