Brasil perde seu menestrel; morre o cantor e compositor Juca Chaves
Crítico da ditadura militar, Juca Chaves fez vários shows no período do regime, com a marca do humor e das modinhas, chegando a exilar-se em Paris por dez anos durante o período político
Por Plox
26/03/2023 16h12 - Atualizado há mais de 2 anos
Faleceu nesse sábado, 25 de março, aos 84 anos, um dos grandes nomes da música brasileira, o compositor, músico e humorista Juca Chaves. Nascido em 1938, na cidade do Rio de Janeiro, ele deixou um legado importante na cultura do país e será lembrado como um dos únicos músicos que cultivavam o estilo modinha.
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Juca Chaves iniciou sua carreira musical no final da década de 1950, com formação erudita e um talento nato para compor. Entre suas obras, destaca-se a música “Presidente Bossa Nova”, que fazia referência ao presidente Juscelino Kubitschek. Além disso, recebeu o apelido de “Menestrel Maldito”, título que virou um de seus trabalhos: “O Menestrel do Brasil”, após ser chamado assim pelo célebre compositor Vinicius de Moraes.

Crítico da ditadura militar, Juca Chaves fez vários shows no período do regime, com a marca do humor e das modinhas, chegando a exilar-se em Paris por dez anos durante o período político. Seu auge de carreira foi nas décadas de 1960, 1970 e 1980, quando lançou dezenas de discos e consolidou-se como um ícone da música popular brasileira.
Entre suas canções mais conhecidas estão Caixinha, Obrigado, A Cúmplice, Menina, Que Saudade, Por Quem Sonha Ana Maria e Presidente Bossa Nova.
Juca Chaves deixa a esposa, Yara Chaves, e duas filhas, Maria Moreno e Maria Clara, com quem vivia na região de Itapuã, em Salvador. Sua morte é uma perda irreparável para a música brasileira, deixando saudades em seus fãs e admiradores.
O artista será cremado no cemitério Parque Bosque da Paz, em Salvador, onde será eternizado em nossas memórias como um dos grandes nomes da cultura do país.