Viagra pode diminuir chance de Alzheimer, revela pesquisa

A pesquisa sugere uma redução de até 60% no risco de desenvolvimento desta condição neurodegenerativa

Por Plox

26/03/2024 14h30 - Atualizado há cerca de 1 mês

Medicamento conhecido por tratar disfunção erétil apresenta potencial para reduzir risco da doença neurodegenerativa em 60%

Um estudo realizado por pesquisadores da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, e divulgado no Journal of Alzheimer’s Disease, aponta que o Viagra, remédio famoso por tratar disfunção erétil, pode ter uma nova aplicação no combate ao Alzheimer. A pesquisa sugere uma redução de até 60% no risco de desenvolvimento desta condição neurodegenerativa para aqueles que utilizam o medicamento.

Viagra pode diminuir chance de Alzheimer, revela pesquisa  Foto: reprodução/ Pixabay

Potencial terapêutico além da disfunção erétil

Investigação sobre a sildenafila: A pesquisa se concentrou nos efeitos da sildenafila, composto ativo do Viagra, na prevenção da aglomeração de proteínas tau nas células nervosas. A acumulação dessas proteínas está associada ao surgimento de demências, incluindo o Alzheimer.

Efeitos além do esperado: Além de promover o fluxo sanguíneo, os inibidores da fosfodiesterase, classe de medicamentos que inclui a sildenafila, mostraram capacidade de prevenir doenças neurodegenerativas. Eles atuam em mecanismos que favorecem a neuroplasticidade e reduzem a produção excessiva de proteínas tau, contribuindo para a saúde cognitiva e memória.

Resultados promissores: Experimentos com culturas de células de neurônios derivadas de pacientes com Alzheimer demonstraram que, após cinco dias de tratamento com sildenafila, houve uma produção significativamente menor de proteínas tau. Esse achado sugere uma proteção efetiva às células cerebrais.

Evidências reforçadas por dados populacionais

Análise de dados ampla: A pesquisa também se valeu de inteligência artificial para analisar informações de pacientes de três grandes bancos de dados internacionais. Essa abordagem confirmou que a sildenafila pode diminuir o risco de Alzheimer em cerca de 60%.

Perspectivas futuras: Feixiong Cheng, biomédico e co-autor do estudo, expressou entusiasmo com os resultados, destacando a importância de realizar estudos clínicos para confirmar os benefícios da sildenafila no tratamento e prevenção do Alzheimer em cenários reais.

 


 

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