Governo Trump cita Brasil como exemplo em decreto sobre eleições
Nova medida assinada por Trump destaca uso da biometria no Brasil como modelo de segurança para sistema eleitoral dos EUA
Por Plox
26/03/2025 12h10 - Atualizado há 5 dias
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (25) um novo decreto que altera as exigências do processo eleitoral americano e, surpreendentemente, utilizou o Brasil como referência de segurança e eficiência no sistema de votação.

Intitulado “Restaurando a Confiança nas Eleições Americanas”, o documento estabelece medidas mais rígidas para impedir fraudes eleitorais e controlar com maior precisão o acesso ao voto. Entre os destaques do texto, o governo americano elogia os métodos adotados por Brasil e Índia, especialmente o uso da biometria como forma de identificação dos eleitores.
O texto oficial afirma que os Estados Unidos ficaram para trás em relação a outras nações no que diz respeito à adoção de proteções básicas para o sistema eleitoral. “A Índia e o Brasil vinculam a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração de cidadania”, aponta o decreto.
Além do elogio ao sistema eleitoral brasileiro, o decreto impõe novas exigências, como o controle mais rígido sobre o voto por correio e a proibição do voto por estrangeiros ou imigrantes ilegais. Outra mudança significativa é a exigência de comprovação de cidadania para o registro eleitoral por correspondência.
O documento também estabelece que os fundos federais destinados às eleições somente serão liberados aos estados que cumprirem integralmente essas novas medidas. “Os fundos federais relacionados às eleições estarão condicionados ao cumprimento pelos estados das medidas de integridade estabelecidas pela lei federal”, reforça o texto assinado por Trump.
O modelo eleitoral dos Estados Unidos funciona de forma indireta, por meio do Colégio Eleitoral. Nele, os eleitores votam em delegados partidários em seus respectivos estados, e esses delegados, por sua vez, elegem o presidente. Ao todo, o Colégio é formado por 538 delegados, incluindo representantes do Distrito de Colúmbia.
No Brasil, ao contrário, o voto é direto: vence quem obtiver a maioria dos votos populares. Essa diferença estrutural entre os sistemas de votação dos dois países reforça o destaque dado ao Brasil como exemplo de modernização e controle eficiente do processo eleitoral.