Prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, morre aos 77 anos após complicações de saúde

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), morreu aos 77 anos nesta quarta-feira (26), após enfrentar um longo período de complicações médicas. Internado desde 3 de janeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei, na Região Centro-Sul da capital mineira, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite anterior e apresentava insuficiência renal aguda.

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Mesmo após ser reanimado, Fuad desenvolveu um choque cardiogênico — condição em que o coração perde a capacidade de bombear sangue adequadamente para o corpo — e passou a depender de altas doses de medicamentos vasoativos e inotrópicos. A luta pela vida ocorreu meses depois de ele ser diagnosticado com um Linfoma não Hodgkin (LNH), tipo de câncer que afeta o sistema linfático.

Noman havia assumido o comando da Prefeitura de Belo Horizonte em março de 2022, após a saída de Alexandre Kalil para disputar o governo de Minas. Nas eleições de 2024, saiu vitorioso contra Bruno Engler (PL) no segundo turno, com 53,73% dos votos válidos. Contudo, sua gestão foi marcada por constantes internações devido a problemas de saúde, intensificados após o diagnóstico do câncer em julho do ano passado.

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Durante o período eleitoral, Fuad afirmou ter concluído o tratamento contra o câncer. Mesmo assim, foi hospitalizado diversas vezes. Em novembro de 2024, permaneceu cinco dias no hospital por dores nas pernas associadas ao tratamento. No início de dezembro, retornou para tratar pneumonia e sinusite, e recebeu alta no dia 15. Dias depois, em 19 de dezembro, nova internação ocorreu devido a diarreia e desidratação, chegando a ser monitorado na UTI por sangramento intestinal.

A internação final se iniciou em 3 de janeiro, pouco após sua posse, da qual participou virtualmente por recomendações médicas. Nos dias seguintes, apresentou insuficiência respiratória aguda, precisou ser intubado, e passou por traqueostomia no dia 10. Em 25 de janeiro, o hospital informou que a pneumonia havia sido superada e, quatro dias depois, ele deixou a UTI, mas permaneceu internado.

Apesar de exames confirmarem a remissão do câncer, Fuad não reassumiu o cargo após o início de sua licença médica em 3 de janeiro. Durante esse período, o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil) assumiu interinamente a Prefeitura de Belo Horizonte. A última renovação do atestado médico de Fuad ocorreu no dia 18 de março.

Sua morte marca o fim de uma trajetória política marcada por dedicação à capital mineira, mas também por um grave enfrentamento à saúde nos últimos meses de vida.