Defesa de Bolsonaro alega que ele estava sob efeitos de remédios quando questionou as urnas eletrônicas

O advogado esclareceu que foi o próprio Bolsonaro quem postou o vídeo sem intenção e que outra pessoa o alertou do erro

Por Plox

26/04/2023 13h33 - Atualizado há mais de 1 ano

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento na sede da Polícia Federal sobre seu suposto envolvimento nos atos criminosos ocorridos em 8 de janeiro, quando seus apoiadores invadiram e depredaram prédios dos Três Poderes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Bolsonaro chegou às 8h45 e saiu às 11h23 desta quarta-feira (26) sem falar com a imprensa.

Bolsonaro saindo da sede da PF. Foto: CNN/Reprodução.

 

A defesa do ex-presidente alegou que Bolsonaro estava sob efeito de medicamentos e postou acidentalmente um vídeo nas redes sociais no dia 10 de janeiro, questionando a integridade das urnas eletrônicas. A postagem foi apagada duas horas depois. O advogado Paulo Cunha Bueno explicou que o equívoco ocorreu enquanto Bolsonaro tentava compartilhar o vídeo no WhatsApp.

"Ele estava internado num hospital em Orlando, entre os dias 8 e 10, devido a uma crise de obstrução intestinal e foi tratado com morfina. Só recebeu alta na tarde do dia 10. Pouco tempo depois da postagem, duas ou três horas depois, foi advertido e imediatamente retirou a postagem", afirmou Bueno.

Equipe alertou Bolsonaro sobre postagem

O advogado esclareceu que foi o próprio Bolsonaro quem postou o vídeo sem intenção e que outra pessoa o alertou do erro. "Ele não percebeu que havia postado no Facebook. Na verdade, foi a equipe que o avisou", disse.

Eleições de 2022 e condenação aos atos do dia 8

No depoimento, a defesa informou que Bolsonaro reforçou sua condenação aos atos do dia 8 de janeiro e considera as eleições de 2022 uma "página virada". "Ele repudiou os ataques e postou no próprio dia 8, às 9h da noite, em sua página no Twitter, uma declaração de repúdio aos ataques, que ele ratificou no depoimento de hoje", afirmou o advogado Paulo Cunha Bueno.

Não havia apoiadores nem adversários de Bolsonaro no local para recebê-lo.

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