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Justiça determina suspensão do Telegram no Brasil por não entregar dados completos sobre grupos neonazistas à Polícia Federal
As operadoras de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi, além do Google e Apple, responsáveis pelas lojas de aplicativos Play Store e App Store, foram instruídas a retirar o aplicativo do ar imediatamente
26/04/2023 às 18:16por Redação Plox
26/04/2023 às 18:16
— por Redação Plox
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A Justiça determinou a suspensão do aplicativo de mensagens Telegram no Brasil, após a empresa não entregar à Polícia Federal todos os dados solicitados sobre grupos neonazistas presentes na plataforma. As operadoras de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi, além do Google e Apple, responsáveis pelas lojas de aplicativos Play Store e App Store, foram instruídas a retirar o aplicativo do ar imediatamente.
O pedido de acesso aos dados do grupo neonazista foi feito pela Polícia Federal após a investigação do ataque a uma escola em Aracruz, que resultou em quatro mortes. A investigação descobriu a interação do atirador, de 16 anos, com grupos com conteúdo antissemita no Telegram. A polícia solicitou os dados dos administradores e integrantes do grupo para apurar possíveis conexões e influências no crime.
Foto: divulgação
O Telegram entregou parte dos dados solicitados na sexta-feira (21), após pedido de intervenção judicial. No entanto, a empresa não forneceu os números de telefone dos contatos e administradores do grupo neonazista. Como resultado, a Justiça aumentou a multa aplicada ao Telegram de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.
O envolvimento de grupos extremistas em casos de violência em escolas tem sido investigado pelo Ministério da Justiça. Após o caso de Aracruz, o ministro Flávio Dino determinou a investigação de células que fazem apologia ao nazismo. As investigações encontraram grupos em São Paulo, Goiás e Maranhão com conteúdo antissemita, recrutando jovens para a prática de violência em escolas.
Selena Sagrillo, Maria da Penha Banhos, Cybelle Bezerra e Flavia Amos, vítimas do ataque a escolas em Aracruz/Foto: reprodução TV Gazeta
A investigação da Polícia Federal gerou uma série de operações que visavam adolescentes e adultos envolvidos com grupos extremistas. Em Monte Mor, São Paulo, um adolescente foi rastreado por mensagens e apreendido com objetos nazistas e uma réplica de arma de fogo. No Piauí e no Rio Grande do Sul, outros adolescentes foram encontrados com símbolos nazistas e facas após serem rastreados em grupos de discurso de ódio nas redes sociais.
Material nazista apreendido pela polícia em Monte Mor-SP/Foto: reprodução EPTV
Imagens atribuídas ao Comando Vermelho sugerem o uso de répteis para ocultação de cadáveres após megaoperação policial. Autoridades investigam ligação entre traficantes e animais.
Imagens atribuídas ao Comando Vermelho sugerem o uso de répteis para ocultação de cadáveres após megaoperação policial. Autoridades investigam ligação entre traficantes e animais.