CRM-DF vai investigar entrada de visitantes na UTI onde Bolsonaro está internado

Hospital DF Star, em Brasília, é alvo de apuração após circulação de aliados do ex-presidente na Unidade de Terapia Intensiva

Por Plox

26/04/2025 09h05 - Atualizado há 3 dias

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) anunciou que irá apurar a entrada de visitantes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado.


Imagem Foto: Redes sociais


Em nota divulgada nesta sexta-feira, 25, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reiterou que o acesso às UTIs deve ser restrito, ressaltando que o descumprimento dos protocolos técnico-científicos precisa ser apurado pelas unidades regionais. Segundo o CFM, a autorização para visitas deve obedecer a critérios rígidos, como permissão prévia da equipe médica, tempo limitado de permanência, número reduzido de pessoas, além do cumprimento dos protocolos de segurança sanitária e uso obrigatório de equipamentos de proteção individual (EPIs).



O CRM-DF explicou que unidades de terapia intensiva exigem ambientes altamente controlados para preservar a evolução clínica dos pacientes. O aumento da circulação de pessoas nesses locais pode comprometer a recuperação e elevar os riscos de infecções hospitalares.



Durante o período de internação, Bolsonaro recebeu visitas como a do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e do pastor Silas Malafaia. O ex-presidente também concedeu entrevista ao SBT, participou de uma live de vendas de capacetes e foi intimado pela Justiça. De acordo com Costa Neto, a visita foi previamente solicitada ao hospital e autorizada.



Bolsonaro está na UTI há 13 dias após uma cirurgia de desobstrução intestinal e, conforme o último boletim médico, apresentou piora clínica recente, com aumento da pressão arterial e alterações nos exames hepáticos. Na quarta-feira, 23, ele recebeu a intimação da Justiça relacionada a um processo sobre tentativa de golpe de Estado, em que é acusado de liderar uma organização criminosa, conforme apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).


Destaques