Campanha “Menstruação sem tabu” arrecada absorventes no Vale do Aço

Os absorventes são arrecadados por estudantes de um colégio particular em Coronel Fabriciano e são doados para alunas de escolas em situação de vulnerabilidade social

Por Plox

26/05/2023 15h03 - Atualizado há cerca de 1 ano

Você sabia que uma em cada quatro meninas já faltou de aula por não poder comprar o absorvente? Essa condição é chamada de pobreza menstrual. Para diminuir os índices de adolescentes que enfrentam esse problema no Vale do Aço, estudantes de um colégio de Coronel Fabriciano realiza em maio o projeto “Menstruação sem tabu”. Os alunos arrecadam absorventes para serem doados para escolas em situação de vulnerabilidade social. A professora coordenadora do projeto, Gisele Aquino, bate um papo com a Plox, ao vivo, sobre todos os detalhes.

 

As doações para o projeto “Menstruação sem tabu” podem ser feitas por meio de transferência de qualquer valor por PIX. A chave é (31) 99692-5926. Para doar os pacotes de absorventes, o ponto de coleta é no Colégio Padre de Man. As arrecadações começaram em 2019. O recorde de maior quantidade de doações foi em 2022: 3.820 unidades.

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Em 2014, a ONU estabeleceu que é a higiene menstrual é direito humano.

Maio é o mês da da higiene menstrual. O estudo Livre para Menstruar indica que o Brasil tem 60 milhões de pessoas que menstruam. Mas o questionamento é em que condições? O levantamento nacional inédito que mostrou que uma em cada quatro meninas já faltou de aula por não poder comprar o absorvente foi coordenado pela antropóloga Mirian Goldemberg. Mulheres de todo o Brasil entre 16 a 29 anos foram entrevistadas para pesquisar sobre a pobreza menstrual. Mas o que significa esse termo? Em primeiro lugar, é a falta de itens básicos durante a menstruação, seja por falta de informação ou de dinheiro para comprar os absorventes.
 

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