Sargento da FAB preso levava cocaína em 37 pacotes na bagagem de mão

Por Plox

26/06/2019 11h24 - Atualizado há quase 5 anos

Um militar da Força Aérea Brasileira (FAB) foi preso por acusação de que estaria levando 39 quilos de cocaína, em um avião que dá apoio à equipe do presidente Jair Bolsonaro, nessa terça-feira, 25 de junho. Bolsonaro e sua comitiva estavam viajando para uma reunião do G20, que acontece no Japão. 

Um dos aviões da Embraer que transportam autoridades e ajudam em comitivas AGÊNCIA FAB/SGT JOHNSON

Foto: Agência Fab/Sargento Johnson


Ele é o segundo-sargento do Grupo de Transportes Especiais da FAB. Conforme a assessoria da Presidência, o militar não trabalha junto ao presidente, não integrava a comitiva presidencial e "exerce função de comissário de bordo".

A detenção aconteceu quando a aduana (repartição que controla o movimento de entradas e saídas) no aeroporto de Sevilha, Espanha, fazia um controle rotineiro. As autoridades policiais encontraram 37 pacotes na mala de mão do sargento, onde as porções da droga estavam, segundo informou a Guarda Civil espanhola, responsável pelo controle da aduana. A viagem prosseguiu para Tóquio, após efetuada a detenção do sargento, que deve ser acusado de tráfico de drogas. Um Inquérito Policial Militar (IPM) será aberto, por determinação do Comando da Aeronáutica e do Ministério da Defesa, com o objetivo de esclarecer os fatos. A manifestação é de que o Comando e o Ministério repudiam atitudes “dessa natureza”. Além do sargento detido, mas 20 militares faziam parte da viagem.

Bolsonaro se manifesta
Bolsonaro se posicionou sobre o caso em sua conta no Twitter, dizendo que ficou sabendo da apreensão do militar pelo general Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa. O presidente disse que determinou que o chefe da pasta dê a imediata colaboração à polícia espanhola, cooperando em todas as fases da investigação para que os fatos sejam esclarecidos. “As Forças Armadas têm em seu contingente cerca de 300 mil homens e mulheres formados nos mais íntegros princípios da ética e da moralidade. Caso seja comprovado o envolvimento do militar nesse crime, o mesmo será julgado e condenado na forma da lei”, assinou Bolsonaro.

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Foto: Twitter

Caso anterior

Um major da reserva da Aeronáutica foi condenado a 16 anos de prisão em abril de 2019, por tráfico internacional de drogas e associação criminosa, crimes ocorridos em 1999.  

O militar também perdeu o posto e a patente, além de ter que pagar 266 dias de multa. Ele levava cerca de 33 quilos de cocaína no avião Hércules C-130 da Aeronáutica, em Recife. O caso foi julgado no Superior Tribunal Militar (STM). Em 2000, o major tinha sido condenado em primeira instância, mas teve o trânsito julgado somente no ano passado, quando não coube mais nenhum recurso.

Atualizada às 20h18, para acréscimo de informações 

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