Mounjaro, rival do Ozempic, pode chegar ao Brasil; saiba mais

Lançado pela Eli Lilly em 2022, o Mounjaro rapidamente se destacou como um tratamento mais eficaz e caro que o Ozempic, da Novo Nordisk, não apenas para diabetes, mas também para a perda de peso. O medicamento tornou-se o mais vendido da empresa, gerando US$ 2,2 bilhões apenas no quarto trimestre do ano passado, quase 10 vezes o valor registrado no mesmo período de 2022. Para 2024, a Eli Lilly projeta um aumento de receita de cerca de 20%, com o faturamento aproximando-se dos US$ 41 bilhões, impulsionado principalmente pelo Mounjaro.

Desafios na oferta e produção

Assim como a Novo Nordisk, a Eli Lilly enfrenta dificuldades para atender à alta demanda pelo Mounjaro. A empresa está em processo de ampliação da capacidade de produção, mas estima que a procura continuará superior à oferta ao longo deste ano, mantendo os preços elevados.

Situação do Mounjaro no Brasil

No Brasil, embora o Mounjaro tenha sido aprovado pela Anvisa em setembro do ano passado, ainda não está disponível no mercado. Segundo a Anvisa, o medicamento demonstrou resultados superiores aos concorrentes. Os preços, já definidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, variarão entre R$ 970 e R$ 3.836, dependendo da dosagem e da alíquota do ICMS de cada estado. Cada embalagem conterá duas ou quatro canetas de uso único.

Regulamentação e compra

A venda do Mounjaro no Brasil será permitida apenas com receita médica, e ainda não há um prazo definido para o início das vendas pela Eli Lilly no país. Para quem optar por comprar o medicamento no exterior, é necessário fazer a devida declaração para evitar retenção na alfândega, sendo essa compra fiscalizada tanto pela Anvisa quanto pela Receita Federal.