Bebê sofre queimaduras em hospital do Acre e é transferida para UTI especializada em BH

Aurora Maria, recém-nascida de Cruzeiro do Sul, teve lesões nas pernas após banho com água quente; caso está sob investigação do MPAC e profissional foi afastada

Por Plox

26/06/2025 16h39 - Atualizado há 2 dias

Aurora Maria Oliveira Mesquita, uma recém-nascida de Cruzeiro do Sul, no Acre, foi transferida para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, após sofrer queimaduras nas pernas durante um banho na maternidade local.


Imagem Foto:  Arquivo pessoal


O incidente ocorreu no domingo (22), quando a bebê, nascida no sábado (21), estava prestes a receber alta. Segundo relatos da família, a água utilizada no banho estava excessivamente quente, causando lesões graves nas pernas da criança. A diretora da unidade teria confirmado a temperatura inadequada da água.



Inicialmente, Aurora foi levada para a UTI neonatal do Hospital da Criança, em Rio Branco. Devido à gravidade do caso e à falta de vagas em outras unidades especializadas, a transferência para Belo Horizonte foi realizada na tarde de quarta-feira (25). O Hospital João XXIII é referência nacional no tratamento de queimaduras e abriga o maior Centro de Tratamento de Queimaduras (CTQ) do Brasil.



A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informou que a profissional responsável pelo banho foi identificada e afastada temporariamente. Um Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado para apurar os fatos. O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) também iniciou uma investigação, solicitando informações detalhadas sobre o caso, incluindo prontuário médico e protocolos de banho da unidade.



A equipe médica levantou a hipótese de epidermólise bolhosa, uma doença genética rara que causa fragilidade na pele. No entanto, os pais de Aurora contestam essa possibilidade, afirmando que a bebê nasceu saudável e que as lesões foram causadas pelo banho. Um exame genético foi coletado e enviado para análise em São Paulo, com resultado previsto para até 40 dias.



O pai de Aurora, Marcos Oliveira, relatou que, após a troca de curativos, a filha apresentou melhora. Ele enfatizou a necessidade de força para superar a situação. A família está em Belo Horizonte acompanhando o tratamento da bebê, mas enfrenta dificuldades, como a falta de apoio para hospedagem na capital mineira.



O governo do Acre afirmou que a escolha do Hospital João XXIII foi baseada em critérios técnicos, visando o melhor atendimento especializado para a criança. A Sesacre garantiu que todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas com transparência e rigor para assegurar a responsabilização dos envolvidos.


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