Morre Rosa Magalhães, a mais premiada carnavalesca do Sambódromo do Rio

Artista, com sete títulos no Carnaval carioca, faleceu aos 77 anos

Por Plox

26/07/2024 07h40 - Atualizado há cerca de 1 mês

Rosa Magalhães, a mais premiada carnavalesca do Sambódromo do Rio de Janeiro, morreu na noite de quinta-feira (25), aos 77 anos, vítima de um infarto. Rosa deixou um legado imensurável no Carnaval, acumulando sete títulos em mais de cinco décadas de carreira.

A trajetória de Rosa começou em 1970, quando iniciou como assistente no Salgueiro. Já no ano seguinte, a escola se sagrou campeã. Em 1982, ela conquistou seu primeiro título como carnavalesca no Império Serrano, ao lado de Lícia Lacerda, com o enredo "Bum bum paticumbum prugurundum". Em 1987, novamente com Lícia, obteve destaque ao levar a Estácio de Sá ao quarto lugar com "Ti-ti-ti do sapoti".

Foto: Instagram

 

Após a morte de Viriato Ferreira em 1992, Rosa assumiu sozinha o carnaval da Imperatriz Leopoldinense e brilhou com cinco títulos consecutivos nos anos de 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. Em 2013, Rosa alcançou mais um feito, vencendo pela Unidos de Vila Isabel. Em sua última atuação no Carnaval, em 2023, liderou o Paraíso do Tuiuti ao oitavo lugar.

Além do Carnaval, Rosa foi reconhecida internacionalmente. Em 2007, ganhou um Emmy na categoria de figurino pela cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Em 2016, foi a responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio, evento marcado pela performance de Martinho da Vila e muito samba.

Fábio Fabato, jornalista e amigo de Rosa, destacou a grandeza de sua contribuição para a cultura brasileira, comparando-a a artistas como Tarsila do Amaral e Candido Portinari. Rosa Magalhães deixa uma marca indelével no coração do Carnaval e da cultura brasileira.

Destaques