Pai envenena recém-nascida de 5 dias com chumbinho enquanto mãe tomava banho, afirma polícia

Recém-nascida não sobreviveu após ingestão de leite com veneno; pai foi preso em flagrante pelo crime

Por Plox

26/07/2024 10h44 - Atualizado há cerca de 1 mês

Um homem de 44 anos, identificado como Charles Luiz Félix da Costa, foi preso em flagrante sob a acusação de envenenar sua filha recém-nascida. De acordo com a Polícia Civil, Charles aproveitou o momento em que a mãe da bebê tomava banho para preparar uma mamadeira com leite contaminado com chumbinho, um veneno. A bebê, de apenas cinco dias, foi socorrida, mas infelizmente não resistiu.

Foto: reprodução

Perícia na residência da mãe

A perícia realizada na casa da mãe da criança encontrou vestígios do veneno em um saco plástico descartado na pia. Segundo o delegado Sérgio Ricardo, o saco, geralmente utilizado para colocar batatas fritas, apresentava resíduos compatíveis com chumbinho.

Suspeitas e confirmação do envenenamento

Os médicos que atenderam a recém-nascida levantaram a suspeita de envenenamento durante o atendimento. "A médica chamou e indagou o casal 'vocês têm chumbinho em casa?' e a mulher estranhou", relatou o delegado. Após a suspeita, a equipe médica aspirou parte do leite do corpo da criança, confirmando a presença do veneno.

Foto: reprodução

Evidências encontradas

Na pia da casa da mãe, foram encontrados:

Uma lata de leite em pó;
Uma mamadeira;
Uma fralda utilizada para limpar a boca da criança.
Resíduos de veneno também foram encontrados no leite restante da mamadeira e na fralda de tecido, embora a fórmula de leite na lata não estivesse contaminada. Dois sacos plásticos semelhantes foram encontrados nos pertences de Charles Luiz.

Depoimento e prisão

Durante o depoimento, Charles negou ter envenenado a criança, embora tenha admitido que preparou a mamadeira. "Ele subiu e foi fazer a mamadeira, a mãe foi tomar banho no quarto. Quando voltou, deu um mingauzinho na mamadeira e depois entregou [a recém-nascida] para a mãe. Em dois ou três minutos, a criança começou a chorar passando mal", disse o delegado.

A investigação descartou qualquer participação da mãe no crime. Ela afirmou em depoimento que o pai não desejava a criança e havia pedido que ela abortasse. Charles não mantinha uma relação estável com ela e só se reaproximou um dia antes do parto.

Após sua prisão, Charles foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, onde foi autuado por homicídio consumado. Ele permaneceu à disposição da Justiça para uma audiência de custódia.

Audiência de custódia e prisão preventiva

Na audiência de custódia realizada no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, no Recife, a prisão em flagrante de Charles foi convertida em prisão preventiva. Posteriormente, ele foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.

Destaques