Procedimento estético termina em morte e clínica é interditada no RJ

Fabiana dos Santos, de 42 anos, passou mal após aplicações estéticas e morreu dias depois; local funcionava sem autorização da Vigilância Sanitária

Por Plox

26/07/2025 13h06 - Atualizado há 6 dias

Uma clínica de estética localizada na comunidade do Carvão, em Itaguaí, na Baixada Fluminense, foi interditada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro após a morte da cabeleireira Fabiana dos Santos Lima, de 42 anos.


Imagem Foto: Reprodução


A vítima havia realizado um procedimento estético no dia 8 de março deste ano, aplicando substâncias na barriga e nas nádegas. No mesmo dia, ela começou a apresentar sintomas como falta de ar, cansaço intenso e mal-estar. Mesmo entrando em contato com a profissional que realizou o procedimento, seu quadro se agravou.


Cinco dias depois, em 13 de março, Fabiana foi levada até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaguaí. No entanto, ela não resistiu e morreu. O laudo cadavérico, emitido em 14 de março, apontou que a causa da morte foi tromboembolismo pulmonar.



A investigação conduzida pela 50ª DP (Itaguaí) revelou que a responsável pelos procedimentos foi Rafaela Barbosa da Silva, que atendia no espaço identificado como “Rafaela Silva Estética Avançada”. Na última quinta-feira (24), policiais cumpriram mandado de busca e apreensão no local, que foi imediatamente interditado.


Durante a operação, Rafaela foi encontrada atendendo duas clientes — uma passava por criolipólise (congelamento de gordura) e a outra realizava um procedimento de “bumbum up”, técnica voltada para o rejuvenescimento e modelagem dos glúteos.



Foram apreendidos materiais cirúrgicos, incluindo seringas, agulhas, soro fisiológico, luvas e diversas substâncias injetáveis. As ampolas estavam guardadas em caixas dentro de um armário, mas os investigadores não conseguiram confirmar se os conteúdos correspondiam ao que estava descrito nas embalagens.


A clínica funcionava sem alvará de funcionamento ou autorização da Vigilância Sanitária, o que levou à sua interdição imediata.



Rafaela se identificou como proprietária do local e apresentou às autoridades um diploma de tecnóloga em estética e certificados de cursos livres, porém não entregou nenhum documento que autorizasse o funcionamento da clínica.


Durante o depoimento à polícia, ela optou por permanecer em silêncio e informou que só prestaria declarações em juízo. Após isso, foi liberada pelas autoridades.


Destaques