Defesa Civil de Ipatinga mantém trabalho contínuo de revistorias em imóveis interditados após chuva de 12 de janeiro
Mais de sete meses após a tromba d’água de janeiro, Defesa Civil mantém ações contínuas em imóveis afetados por riscos estruturais
Por Plox
26/08/2025 06h04 - Atualizado há cerca de 20 horas
Desde o temporal devastador que atingiu Ipatinga em 12 de janeiro, o trabalho da Defesa Civil tem sido incansável. Após o desastre que desalojou 1.953 moradores e deixou 169 pessoas desabrigadas, o município passou a enfrentar uma complexa operação de vistoria e segurança.

Naquele período crítico, foram registrados mais de 3 mil chamados emergenciais, que resultaram na interdição de 957 imóveis. Atualmente, cerca de 400 dessas residências ainda permanecem interditadas, aguardando condições seguras para liberação.

A cidade, que sofreu os impactos de uma tromba d’água, viu bairros inteiros como Vila Celeste, Forquilha, Bom Jardim, Esperança, Nova Esperança, Bethânia, Granjas Vagalume, Jardim Panorama e Vila Militar serem incluídos no cronograma de inspeções. Seis equipes compostas por engenheiros civis e agentes da Defesa Civil têm atuado de forma sistemática para reavaliar os imóveis afetados.

“Nós não paramos de trabalhar desde a chuva do dia 12 de janeiro. Estamos realizando todas as revistorias, porque tivemos quase mil interdições ao longo daquela tragédia. Foto: Divulgação/PMIEsse trabalho é contínuo e será feito quantas vezes forem necessárias até que o imóvel possa ser desinterditado com segurança. Algumas casas, infelizmente, ainda não podem ser liberadas, pois nossa prioridade é proteger a vida de cada morador”, destacou Cristiane Oliveira, agente da Defesa Civil.
Nossa prioridade é proteger a vida de cada morador, reforçou ela.
As inspeções incluem avaliações detalhadas das estruturas, com atenção para rachaduras, recalques de solo e outros indícios que apontem risco de colapso. Quando há viabilidade técnica, as famílias recebem orientações para o retorno seguro às residências. Contudo, em muitos casos, mesmo após múltiplas visitas, a liberação não é possível por conta dos riscos ainda presentes.
Além das vistorias, a Defesa Civil também foca na preparação da comunidade para o período chuvoso que se aproxima. Cristiane Oliveira explicou que a orientação contínua às famílias visa tanto a segurança imediata quanto a prevenção de novos desastres. “Estamos ajudando as famílias a se prepararem para o período chuvoso. Dessa forma, promovemos segurança e prevenção, além de orientar a comunidade para reduzir riscos futuros”, completou.
Ainda não há uma estimativa de quando todas as interdições serão resolvidas, mas as equipes seguem atuando com prioridade total nos locais mais críticos.