Erro médico grave leva à amputação de pênis durante cirurgia
Paciente de 35 anos perdeu função sexual e teve complicações urinárias após procedimento malsucedido na Coreia do Sul
Por Plox
26/08/2025 16h34 - Atualizado há cerca de 7 horas
Um homem de 35 anos teve o pênis amputado acidentalmente durante uma cirurgia de aumento peniano realizada no distrito de Gangnam, em Seul, na Coreia do Sul.

O paciente já havia passado por dois procedimentos semelhantes anteriormente. Na terceira cirurgia, realizada em 2020, o médico cortou completamente o corpo cavernoso e cerca de 95% do corpo esponjoso — tecido que envolve a uretra — provocando danos irreversíveis.
A causa do acidente foi uma adesão, condição em que o implante peniano instalado em operações anteriores fundiu-se com os tecidos internos do órgão, dificultando a visualização da anatomia. Essa complicação pode ocorrer após múltiplas intervenções e está relacionada a problemas como disfunção erétil.
Como resultado do erro médico, o homem sofreu severo trauma físico e psicológico, além de perder a função sexual e apresentar dificuldades para urinar.
Em janeiro de 2024, a Justiça sul-coreana condenou o urologista responsável a pagar uma indenização de cerca de R$ 96 mil. O médico recorreu da decisão, mas, no início de agosto de 2025, um novo julgamento determinou também uma multa de aproximadamente R$ 26 mil por negligência.
Durante o processo, o tribunal destacou que, em casos com adesão grave, a dissecção deve ser interrompida ao menor sinal de risco, e a sutura precisa ser considerada para evitar complicações maiores. Ainda segundo a decisão, a lesão ocorreu devido à tentativa de dissecção mesmo com baixa visibilidade da anatomia peniana.
O médico negou responsabilidade, alegando que os danos não eram previsíveis e que o paciente havia sido informado sobre os riscos. No entanto, o tribunal concluiu que houve violação do dever de cuidado e de informação, afirmando que o paciente poderia ter recusado o procedimento caso tivesse conhecimento completo dos riscos.