Moro rebate convocação do PT para depor na CPMI do INSS

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) se manifestou nesta segunda-feira (25) após a decisão do PT de solicitar sua convocação para depor na CPMI do INSS, em Brasília. O requerimento também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e alguns ex-ministros de sua gestão.

Foto: Agência Senado

De acordo com o deputado Rogério Correia (PT-MG), a justificativa para a convocação está no fato de que, durante o governo Bolsonaro, o Ministério do Trabalho foi extinto e determinadas atribuições foram repassadas ao então ministro da Justiça, Sergio Moro. Entre essas responsabilidades estava a autorização para criação de novos sindicatos. Segundo o parlamentar, nesse período teriam surgido entidades suspeitas de participar de fraudes em aposentadorias e pensões por meio de descontos indevidos.

Moro, entretanto, contestou a medida e afirmou que se trata de uma tentativa de desviar o foco.

“Vejo que o PT, desesperado por erguer cortina de fumaça, quer me convocar para depor na CPMI do INSS. O requerimento é ridículo. Apesar disso, posso ir de bom grado, pois sou especialista em desmontar esquemas de roubo do PT”

, declarou o senador.

Ele ainda destacou que, enquanto esteve à frente do Ministério da Justiça, não lidou com pautas ligadas a benefícios previdenciários. Além disso, comparou sua trajetória à do ex-presidente Lula, mencionando relações históricas do petista com sindicatos.

– Eu não tenho, igual ao Lula, irmão que preside sindicato beneficiado pela fraude contra os aposentados. E foi o Lula e não eu quem nomeou o ex-presidente do INSS suspeito de receber propina – completou Moro.

A convocação ainda será analisada dentro da comissão, que investiga possíveis fraudes e irregularidades no sistema do INSS.