Seif acusa Lula de tentar interferir nas apurações sobre fraudes no INSS

Durante a sessão desta terça-feira (26) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades no INSS, o senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, fez duras acusações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o parlamentar, Lula teria buscado interferir diretamente nas investigações conduzidas pela comissão. A tentativa, conforme afirmou, teria ocorrido por meio do Supremo Tribunal Federal (STF), apontado por Seif como um meio de articulação do governo.

\"Pelo que nós lemos na imprensa, e não é difícil achar, o Lula tentou interferir através do Supremo Tribunal Federal, que é o seu jardim de infância, um conluio, para que suspendessem as investigações do INSS por motivos óbvios\"

, declarou o senador durante a audiência.

A comissão já tem em sua mira 41 instituições suspeitas de envolvimento com fraudes no instituto. De acordo com Seif, a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou 25 dessas entidades, enquanto a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Polícia Federal defendem a investigação de apenas 12. Um dos pontos mais sensíveis destacados pelo senador é que uma das organizações sob suspeita teria vínculos com um dos irmãos do presidente da República.

Classificando a situação como \"a maior derrota do governo desde fevereiro de 2023\", Seif afirmou que o Palácio do Planalto estaria em pânico diante do avanço das investigações. Para ele, a base aliada ao governo estaria tentando reverter os desdobramentos da comissão por meio de manobras políticas.

\"Já sabemos que estão oferecendo cargos, estatal, oferecendo o diabo para comprar voto aqui e mudar membro\"

, disse.

Encerrando sua fala, o senador reiterou que a oposição continuará firme nos trabalhos da CPMI, enfatizando que a principal responsabilidade do grupo é com os aposentados e beneficiários do INSS. Ele assegurou que, apesar das pressões, os parlamentares da oposição não recuarão diante das tentativas de interferência ou intimidação.

A sessão foi marcada por tensão e repercussão imediata entre os presentes, sinalizando novos capítulos em um dos embates mais acirrados entre governo e oposição desde o início da atual legislatura.