Tarcísio é cotado para Presidência em evento do partido Republicanos

Durante a comemoração dos 20 anos do Republicanos, realizada na noite de segunda-feira (25), em Brasília, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi apontado como possível candidato à Presidência da República em 2026. A declaração partiu do presidente nacional da legenda, Marcos Pereira, que, diante de diversas lideranças políticas presentes, fez um aceno direto ao governador.

Foto: Governo de São Paulo

“Quem sabe se a conjuntura permitir, teremos um candidato a presidente da República. Não é, Tarcísio?”, afirmou Pereira, provocando aplausos da plateia quando Tarcísio apareceu no telão.

Críticas à gestão federal e defesa de reformas

Durante seu discurso, Tarcísio adotou um tom nacional e abordou temas políticos e econômicos. Sem mencionar diretamente a palavra “anistia”, ele defendeu o papel do Congresso na busca pela “pacificação” do país. O governador também criticou os gastos públicos sob a gestão federal atual, afirmando que esse tipo de conduta prejudica a confiança dos investidores.

Ele ainda destacou que há um desequilíbrio entre os poderes e defendeu o fortalecimento da harmonia institucional. “Podemos trabalhar pela harmonia entre os Poderes, que hoje estão desequilibrados, trabalhar pelo restabelecimento do equilíbrio”, disse.

Agenda econômica e reformas

Tarcísio também abordou temas da área econômica, argumentando que o excesso de gastos pode gerar inflação ou aumento de juros. Segundo ele, há uma série de medidas necessárias para o país alcançar estabilidade fiscal e desenvolvimento.

Candidatura em 2026 e cenário político

Com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar desde o início de agosto, cresce a especulação em torno de novos nomes para disputar a Presidência em 2026. Segundo Valdemar Costa Neto, presidente do PL, uma eventual candidatura de Tarcísio deve ser decidida até o fim deste ano. “Se Tarcísio for candidato a presidente, irá para o PL”, disse Valdemar em declaração anterior.

Ao longo do discurso, o governador paulista ainda exaltou valores conservadores, afirmando que “família é projeto de Deus, pilar de uma sociedade sadia”. Ele concluiu sua fala defendendo o papel do Congresso na aprovação das reformas e na manutenção da estabilidade institucional:

“Nós podemos mobilizar uma cruzada pela justiça, liberdade, paz, prosperidade. Podemos aprovar as reformas que precisamos, contribuir para a pacificação nacional. Nós precisamos de pacificação, e o Congresso Nacional tem um papel fundamental nessa pacificação. Não podemos permitir que ninguém tire essa prerrogativa do Congresso”, finalizou.