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Política

Michelle Bolsonaro se lança no jogo de 2026 e expõe crise interna no bolsonarismo

Com Jair Bolsonaro inelegível, ex-primeira-dama disputa espaço político em meio ao enfraquecimento de Eduardo e ao recuo estratégico de Tarcísio

26/09/2025 às 11:50 por Redação Plox

Enquanto o nome de Michelle Bolsonaro ganha força como possível protagonista nas eleições de 2026, os bastidores do bolsonarismo revelam uma movimentação estratégica em meio a disputas internas e fragilidades políticas.


Imagem Foto: PL

Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo, pode chegar ao próximo pleito sem mandato e possivelmente inelegível. Seu desgaste tem crescido, principalmente devido a ações controversas nos Estados Unidos, onde, segundo aliados, teria atuado contra interesses do Brasil, chegando a ameaçar com sanções autoridades nacionais, como o comandante do Exército, general Tomás Paiva. Dentro do próprio grupo político, há quem o veja como um fator de instabilidade – uma "granada sem pino" – que atrapalha articulações como o projeto de anistia, hoje reformulado como projeto da dosimetria na Câmara.


Neste cenário turbulento, Michelle Bolsonaro resolveu se posicionar publicamente. Antes cotada para compor uma chapa como vice de Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, ela agora demonstra pretensão de ocupar o protagonismo. Ao declarar-se disponível para a disputa de 2026, sinalizou diretamente ao Centrão que, embora Jair Bolsonaro esteja fora da corrida eleitoral por condenações ligadas à tentativa de golpe, ela não tem impedimentos legais para concorrer. A mensagem foi clara e direcionada, especialmente diante do avanço de nomes como o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que tenta influenciar na escolha do vice para uma eventual candidatura de Tarcísio.


A ex-primeira-dama ainda reforçou esse movimento durante entrevista ao jornal britânico The Guardian, ao admitir que poderá entrar na disputa caso Jair Bolsonaro permaneça inelegível. Mesmo sem citar o cargo específico, sua manifestação causou repercussão e abalou os planos de outros pré-candidatos de oposição. Simulações eleitorais sugerem que uma eventual candidatura de Michelle poderia comprometer o desempenho de governadores opositores, dificultando o avanço ao segundo turno.


Tarcísio de Freitas, por sua vez, vive um momento de retração. Após expor-se politicamente no episódio do aumento de tarifas e participar de eventos controversos – como o palanque de 7 de Setembro onde foi exibida uma bandeira dos Estados Unidos – o governador tem sinalizado desânimo em concorrer à Presidência. Fontes próximas relatam que ele enxerga mais viabilidade em buscar a reeleição em São Paulo. Além disso, avalia que, com muitos governadores opositores já se lançando ao Planalto, faltariam palanques estratégicos nos estados-chave, como Minas Gerais.


Para Tarcísio, o momento é de espera. Ele pretende observar o andamento dos indicadores econômicos e sociais do governo Lula antes de decidir se aposta em uma candidatura nacional. A escolha dependerá do cenário político e da direção dos ventos até 2026.


"Se o marido está fora do jogo eleitoral formal, ela não tem impedimentos", disse uma fonte ligada ao PL sobre Michelle Bolsonaro.

O bolsonarismo, portanto, vive um período de transição e disputa interna, com figuras-chave em situações distintas: Michelle em ascensão, Eduardo sob pressão e Tarcísio em compasso de espera.


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