Reservista do Exército mata 22 pessoas em Lewiston, Maine; busca pelo atirador segue intensa

Robert Card é o principal suspeito do massacre que também deixou mais de 50 feridos em locais públicos da cidade.

Por Plox

26/10/2023 08h40 - Atualizado há mais de 1 ano

Na noite de quarta-feira, Lewiston, a segunda maior cidade do Maine, foi palco de um dos mais sangrentos massacres dos últimos anos nos Estados Unidos. Robert Card, um reservista do Exército de 40 anos, abriu fogo em um boliche e em um bar-restaurante, matando 22 pessoas e ferindo entre 50 e 60, de acordo com Robert McCarthy, vereador de Lewiston. As autoridades classificaram Card como "armado e perigoso", e suas motivações ainda são desconhecidas.

 

Foto: Reprodução

Mike Sauschuck, secretário de Segurança Pública do Maine, declarou à imprensa que centenas de policiais estão em busca de Card. O FBI de Boston também juntou-se às operações de busca. As imagens divulgadas do suspeito mostram um homem barbado, com jaqueta marrom, calça azul e sapatos marrons, empunhando um rifle semiautomático.

 

Repercussão e reações

O novo ataque chocou o país e adicionou mais um capítulo à contínua discussão sobre a legislação de armas nos Estados Unidos. O presidente Joe Biden interrompeu um jantar de Estado para entrar em contato com as autoridades do Maine e oferecer apoio federal.

Residentes locais, como Cynthia Hunter, expressaram sua consternação. "É uma situação devastadora. Nunca vivemos algo assim", disse Hunter, moradora de Lewiston desde 2012. O congressista do Maine, Jared Golden, também manifestou sua repulsa ao evento, afirmando estar "horrorizado".

 

Foto: Reprodução

Epidemia de violência por armas de fogo

Este massacre vem em um momento de crescente preocupação com a violência armada nos EUA. Mais de 15.000 pessoas foram mortas por armas de fogo desde o início de 2023. Esse último ataque foi o mais violento registrado desde janeiro, segundo a associação 'Gun Violence Archive' (GVA). A facilidade de acesso às armas nos Estados Unidos, contrastando com outros países desenvolvidos, segue sendo um tema de intenso debate. A tentativa de implementar leis mais rígidas sobre controle de armas esbarra frequentemente na oposição dos republicanos, que defendem fervorosamente o direito constitucional ao porte de armas.

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