Trump e Lula discutem tarifas dos EUA ao Brasil e relações bilaterais em encontro na Malásia
Presidentes debatem tarifaço imposto pelos EUA ao Brasil, possibilidades de acordo e papel do Brasil em questões regionais durante cúpula da Asean
Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, tiveram um encontro presencial nesta quinta-feira, em Kuala Lumpur, na Malásia. Na ocasião, ambos participaram da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e discutiram temas sensíveis da relação bilateral, como tarifas e sanções comerciais.
Reunião entre Trump e Lula
Foto: Presidência da República
Negociação de tarifas entre Brasil e EUA
Lula e Trump conversaram por cerca de 50 minutos. Após a reunião, o presidente brasileiro ressaltou que deseja evitar atritos com os Estados Unidos. Para Lula, não existe motivo para conflitos entre os dois países, apontando o diálogo como caminho para a resolução das pendências.
As discussões sobre a suspensão de tarifas foram consideradas prioridade. De acordo com Lula, as negociações devem começar imediatamente, com as equipes dos dois governos se aproximando para buscar acordos.
Donald Trump, por sua vez, afirmou ter respeito pelo presidente brasileiro e sinalizou interesse em construir novas parcerias. O líder norte-americano classificou como justa a política tarifária dos EUA, mas destacou a possibilidade de negociação conjunta, abrindo espaço para avanços bilaterais.
Durante a conversa, Trump descreveu a ocasião como uma "grande honra" e afirmou estar otimista quanto ao futuro da relação entre Brasil e Estados Unidos.
Lula destacou que a agenda entre os dois países é extensa, sinalizando expectativas positivas pela manutenção de uma relação civilizada. O encontro, segundo o presidente brasileiro, foi marcado pelo otimismo e pelo fortalecimento do diálogo, mesmo considerando a dificuldade logística do deslocamento de ambos os líderes até a Malásia.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ressaltou à imprensa o tom aberto da conversa. Segundo Vieira, todas as questões sensíveis, como as tarifas, foram discutidas, e Lula renovou o pedido de suspensão das cobranças sobre exportações brasileiras durante o período de negociação.
Mauro Vieira classificou a reunião como muito positiva, destacando o encaminhamento imediato para início das negociações bilaterais. – Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores
Antes dessa reunião, Lula e Trump haviam tido apenas contatos breves, como o encontro durante a Assembleia Geral da ONU. Também mantiveram diálogo por telefone, quando o presidente brasileiro solicitou a retirada de sobretaxas e restrições aplicadas a autoridades do Brasil. O tom dos contatos anteriores foi descrito por ambos como positivo e cordial.
A relação entre Brasil e Estados Unidos enfrentou tensões após a imposição de sanções e elevação de tarifas sobre produtos brasileiros. Essas medidas foram tomadas por articulações políticas no Congresso norte-americano, que também alcançaram autoridades do Judiciário brasileiro e membros da Procuradoria-Geral da República, incluindo o cancelamento de vistos e aplicação da Lei Magnitsky a figuras do alto escalão.
Em resposta às restrições, o Brasil chegou a comunicar aos Estados Unidos a intenção de aplicar tarifas recíprocas, mas as medidas não foram implementadas.
O governo brasileiro reafirmou que não aceitará qualquer interferência em sua soberania ao tratar das exigências impostas por Washington. A expectativa é que o início das negociações represente uma reaproximação estratégica entre os dois países e contribua para um ambiente comercial mais equilibrado.
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