Bolsonaro cobra acesso público a inquérito de 2018 sobre urnas eletrônicas
Ex-presidente critica confidencialidade de investigação e nega envolvimento em plano de golpe
Por Plox
26/11/2024 14h43 - Atualizado há 7 meses
Jair Bolsonaro voltou a abordar temas polêmicos durante uma coletiva de imprensa na noite de segunda-feira (25). O ex-presidente mencionou o inquérito 1361/2018, conduzido pela Polícia Federal, que investiga questões relacionadas à segurança das urnas eletrônicas. Ele classificou como "horripilante" o fato de o caso permanecer confidencial e cobrou maior transparência.

Denúncia de fraude e cobrança de transparência
O ex-presidente destacou que o inquérito, instaurado em 2018, trata de uma suposta invasão ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro questionou por que o processo segue em sigilo mesmo após depoimentos de figuras importantes e pediu que jornalistas e cidadãos solicitem detalhes do caso por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
– Urnas, em especial o inquérito 1361, de novembro 2018, que está classificado como confidencial até hoje. Ou seja, uma denúncia de fraude na minha eleição, por que está em aberto até hoje, depois que certas pessoas importantes foram ouvidas? – indagou o ex-presidente.
Negativa de envolvimento em golpe
Durante a entrevista, Bolsonaro também abordou os rumores de que teria participado de discussões sobre um suposto golpe de Estado. Ele negou veementemente as acusações e classificou como "loucura" a ideia de que estaria envolvido em tal plano.
A declaração ocorre em um momento de intensificação das investigações relacionadas às ações de aliados e apoiadores do ex-presidente sobre as eleições de 2022. Bolsonaro mantém a narrativa de que sempre jogou "dentro das quatro linhas da Constituição".
Contexto político e repercussões
O tema das urnas eletrônicas e da transparência no sistema eleitoral brasileiro é recorrente nos discursos do ex-presidente, que frequentemente questiona o processo. A confidencialidade do inquérito 1361/2018 foi levantada por ele como mais um exemplo de questões que, segundo ele, deveriam ser de conhecimento público.