Um homem foi preso em Ipatinga, no Vale do Aço, suspeito de invadir um consultório odontológico no Centro da cidade e furtar cerca de R$ 18 mil em equipamentos. A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar na manhã de segunda-feira (24), após o crime ocorrido na madrugada de domingo.

O consultório fica na rua Governador Valadares. O arrombamento foi descoberto por volta das 9h, quando a secretária chegou para iniciar o expediente e percebeu que o local havia sido invadido. Segundo o registro policial, o autor teria entrado pelos fundos de um imóvel desabitado, usado como acesso até o interior da clínica.

Do consultório, foram levados um notebook, uma câmera fotográfica, um celular e um equipamento odontológico do tipo fotopolimerizador de resina, itens avaliados em aproximadamente R$ 18 mil.

Suspeito foi identificado por câmeras de segurança

As imagens das câmeras de monitoramento do consultório ajudaram a Polícia Militar a identificar o suspeito. Ele seria um homem em situação de rua, que costuma permanecer nas proximidades do Kartódromo Emerson Fittipaldi, no bairro Novo Cruzeiro.

As filmagens circularam rapidamente entre as equipes policiais, que iniciaram rastreamento na região. O suspeito foi localizado na rua Viçosa, próximo à avenida Roberto Burle Marx, caminhando pela via, e acabou abordado pelos militares.

De acordo com as informações divulgadas, o homem já havia deixado o sistema prisional em outubro e estava em liberdade provisória. Com a nova prisão, ele foi encaminhado novamente à delegacia de Ipatinga para as demais providências.

Ele admite o furto, mas diz que também foi roubado

O suspeito se identificou e admitiu ter cometido o crime, alegando, porém, que os equipamentos teriam sido levados por outra pessoa enquanto ele dormia na rua.

 Eu fiz o ato, entendeu? Aí peguei e fui dormir. Pegaram o negócio de mim. Então não valeu nada porque eu fiquei sem nada. 

Questionado sobre a data do crime, ele respondeu que o furto aconteceu no domingo, quando o consultório estava fechado. Segundo o relato, o acesso teria sido feito pelos fundos do imóvel, que ele disse ter encontrado aberto.

O suspeito afirmou que não sabia, inicialmente, que se tratava de um consultório odontológico. Conforme a entrevista, ele descreveu o local como uma casa de dois andares e declarou que agiu por oportunidade, ao perceber o acesso liberado.

Ele disse ainda ter levado um notebook, uma câmera fotográfica e um equipamento descrito como “caneta de laser”. Após deixar o local com os materiais, contou que foi dormir em uma calçada nas imediações do kartódromo, planejando vender os objetos no dia seguinte para conseguir dinheiro para alimentação e para ajudar a família.

Versão não convence a polícia

Na versão apresentada pelo suspeito, ao acordar na manhã seguinte, a bolsa com todos os equipamentos já não estava mais com ele. O criminoso afirmou que os objetos teriam sido furtados enquanto dormia, o que é visto pela Polícia Militar como uma história pouco convincente.

O suspeito declarou que costuma trabalhar com reciclagem e afirmou que não vive da prática de furtos, dizendo ter agido por necessidade e fragilidade emocional. Ele relatou que a morte recente da mãe e a situação de rua teriam influenciado em sua condição atual.

Ao ser informado de que as imagens das câmeras de segurança o apontavam como autor do crime, ele afirmou que decidiu assumir a autoria durante a abordagem e no depoimento à Polícia Civil. Ele também disse que pretende relatar todos os fatos novamente ao ser apresentado ao sistema prisional.

A Polícia Civil segue investigando o paradeiro dos equipamentos levados do consultório odontológico, já que nenhum dos materiais foi recuperado até o momento.