Não perca nenhuma notícia que movimenta o Brasil e sua cidade.
É notícia? tá no Plox
Saúde
Voluntariado da Apirva transforma rotina de pacientes em hemodiálise no Hospital Márcio Cunha
Parceria no Centro de Terapia Renal Substitutiva oferece oficinas de arte e apoio emocional a renais crônicos e acompanhantes de várias cidades do Vale do Aço, reforçando vínculo, acolhimento e adesão ao tratamento
26/11/2025 às 08:26por Redação Plox
26/11/2025 às 08:26
— por Redação Plox
Compartilhe a notícia:
Voluntariado da Apirva transforma rotina de pacientes da hemodiálise no Hospital Márcio Cunha
No Hospital Márcio Cunha, voluntariado da Apirva transforma a rotina de pacientes e familiares da hemodiálise
Foto: Divulgação
A parceria entre o Hospital Márcio Cunha (HMC) e a Associação dos Portadores de Insuficiência Renal do Vale do Aço (Apirva) reforça um aspecto essencial do cuidado em saúde: o acolhimento humano. Enquanto o Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) da unidade se consolida como uma das maiores estruturas de hemodiálise de Minas Gerais, com mais de 30 mil sessões realizadas apenas no primeiro semestre de 2025, o voluntariado oferecido pela Apirva complementa o atendimento técnico com afeto, companhia e atividades que fazem diferença na vida dos pacientes e de quem os acompanha.
Foto: Divulgação
Criada na década de 1990, a Apirva nasceu da iniciativa de voluntárias que queriam oferecer mais do que escuta. Ao perceberem as dificuldades emocionais e sociais enfrentadas por pacientes renais crônicos, elas estruturaram a associação e iniciaram um trabalho contínuo de apoio. Desde então, a parceria com o Hospital Márcio Cunha se fortalece ano a ano.
Foto: Divulgação
Oficinas levam leveza às sessões de hemodiálise
Durante a semana, voluntárias da Apirva entram nas salas do CTRS para conduzir oficinas de pintura e artesanato com os pacientes, criando momentos de leveza em meio às longas horas de hemodiálise. Ao mesmo tempo, os acompanhantes são recebidos na sede da associação, onde participam de atividades como bordado, crochê, pintura, bingo e outras ações que unem aprendizado, convivência e acolhimento.
Dona Selma, voluntária e uma das fundadoras da Apirva, relembra que o movimento surgiu do desejo de ampliar o cuidado.
Eu visitava a diálise toda semana e via as mesmas dificuldades. Percebi que precisávamos fazer algo a mais. Reuni pessoas, criamos o estatuto e começamos. Hoje, muitos pacientes me consideram como parente. Os laços são profundosDona Selma
Para os pacientes, as atividades trazem conforto imediato. Jordana Silva, de Ipatinga, relata que o contato com a arte mudou a forma como encara o tratamento, ao tornar as sessões mais leves, favorecendo a interação e ajudando o tempo a passar de maneira diferente.
Foto: Divulgação
Meire Costa, de Joanésia, que vive a segunda etapa da hemodiálise após ter passado 20 anos com um rim transplantado, guarda lembranças especiais produzidas nas oficinas. Uma de suas pinturas em pano de prato marcou uma fase positiva de sua vida. Para ela, o tratamento é uma forma de sobrevivência, e a Apirva representa uma importante fonte de força emocional.
Foto: Divulgação
Acolhimento também para familiares e acompanhantes
Entre os acompanhantes, o impacto do trabalho voluntário é igualmente marcante. Dona Edilene Souza, de Belo Oriente, encontrou na associação um espaço de conforto, aprendizado e fortalecimento, que hoje considera como uma família. Já dona Aparecida Rodrigues, de Santana do Paraíso, destaca o carinho, o apoio e o conforto recebidos na Apirva, descrevendo o grupo como uma grande família.
As atividades na sede também se transformaram em ponto de encontro e troca de experiências. Paulo Henrique Brasil, acompanhante e morador de Naque, reforça o elo criado entre as famílias ao destacar que o espaço se tornou um ambiente de desabafo, apoio mútuo e distração em meio a um momento delicado, definindo a Apirva como um verdadeiro presente.
Foto: Divulgação
Parceria fortalece cuidado integral no HMC
Para o Hospital Márcio Cunha, a parceria com a Apirva aprofunda o conceito de cuidado integral. A enfermeira supervisora do CTRS, Maria Cecília, observa que o voluntariado tem influência direta no bem-estar dos pacientes, ao associar arte e acolhimento emocional à rotina de tratamento, favorecendo o equilíbrio e até a adesão às orientações clínicas, o que confere mais humanidade a todo o processo.
Entre pincéis, linhas, conversas e abraços generosos, a Apirva se mantém como aliada valiosa do Hospital Márcio Cunha. O trabalho voluntário não apenas preenche o tempo: ele preenche a alma, transforma rotinas e ajuda a tornar mais leve a caminhada de quem enfrenta a hemodiálise diariamente.
CTRS ultrapassa 30 mil sessões de hemodiálise em seis meses
No primeiro semestre de 2025, o Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) do Hospital Márcio Cunha ultrapassou 30 mil sessões de hemodiálise. Esse volume expressivo é sustentado pela estrutura robusta da unidade I do HMC, que conta com 80 pontos de hemodiálise e mais de 100 máquinas, figurando entre os maiores serviços de Minas Gerais.
A unidade do CTRS em Timóteo dispõe de 35 cadeiras de diálise, com capacidade para atender até 70 pacientes diariamente. Além disso, o Centro oferece modalidades como a Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD), o que destaca o HMC como referência nacional no cuidado a pacientes renais.
Hospital Márcio Cunha: referência em alta complexidade
Com 60 anos de atuação, o Hospital Márcio Cunha é um hospital geral de alta complexidade, com 558 leitos distribuídos em três unidades, sendo uma delas exclusiva para tratamento oncológico.
A instituição atende uma população de mais de 1,6 milhão de habitantes de 87 municípios de Minas Gerais e conta com cerca de 500 médicos em 58 especialidades. A estrutura contempla serviços de ambulatório, pronto-socorro, medicina diagnóstica, ensino e pesquisa, terapia intensiva adulta, pediátrica e neonatal, urgência e emergência, terapia renal substitutiva, alta complexidade cardiovascular, oncologia adulto e infantil, entre outros.
No último ano, foram realizados cerca de 5.200 partos, aproximadamente 36 mil internações, mais de 18 mil cirurgias e mais de 60 mil sessões de hemodiálise. Na unidade de oncologia, foram mais de 18 mil sessões de radioterapia e cerca de 33 mil sessões de quimioterapia.
O HMC foi o primeiro hospital do país a ser acreditado em nível de excelência (ONA III) pela Organização Nacional de Acreditação (ONA. A instituição também figura no ranking da revista norte-americana Newsweek entre as melhores unidades hospitalares do Brasil, ocupando a 6ª posição em Minas Gerais e a 27ª no país.
Allison Juliana, 23, estudante de medicina veterinária, foi morta e parcialmente desmembrada em casa no cantão Cevallos; quatro jovens, dois deles amigos da vítima, foram presos em flagrante por feminicídio
Allison Juliana, 23, estudante de medicina veterinária, foi morta e parcialmente desmembrada em casa no cantão Cevallos; quatro jovens, dois deles amigos da vítima, foram presos em flagrante por feminicídio