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Política
PT de Minas adia definição de palanque de Lula e amplia negociações para 2026
Direção mineira trabalha com três frentes: aguardar decisão de Rodrigo Pacheco, buscar alianças com centro-esquerda e discutir Margarida Salomão na chapa, enquanto cresce a pré-candidatura de Marília Campos ao Senado
26/11/2025 às 13:47por Redação Plox
26/11/2025 às 13:47
— por Redação Plox
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O PT de Minas Gerais ainda não definiu qual caminho seguirá na disputa pelo governo do estado em 2026 e atua em três frentes simultâneas. De um lado, mantém a expectativa de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), possa rever a decisão de deixar a vida pública. Ao mesmo tempo, avalia abrir negociações com outros nomes da centro-esquerda e admite a formação de uma chapa que envolva a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), como candidata ao governo ou à vice.
PT mantém esperança em Rodrigo Pacheco, mas já avalia a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil e Instagram de Margarida Salom
Na última terça-feira (25), deputados e dirigentes petistas se reuniram em Brasília, no segundo encontro destinado a discutir os rumos da eleição em Minas. Após a reunião, a presidente do PT mineiro, deputada estadual Leninha, afirmou que o momento é de “muitas mudanças em curso” e reforçou que nenhuma possibilidade está descartada. Segundo ela, a prioridade é ampliar o diálogo interno e externo antes de bater o martelo sobre a cabeça de chapa em 2026.
Não perdemos a esperança. É a última que morre. A gente respeita a decisão do Pacheco, vamos acatar, mas não estamos fechando a porta
deputada estadual Leninha
A aposta em Rodrigo Pacheco, no entanto, esbarra num cenário considerado complexo por aliados. Para disputar o governo mineiro, o presidente do Senado teria de deixar o PSD, partido que abrigou o vice-governador Mateus Simões, apontado como candidato com apoio do governador Romeu Zema (Novo) para a sucessão no Palácio Tiradentes. Esse desenho torna a permanência de Pacheco na legenda um obstáculo a uma aliança com o PT.
Decisão sobre palanque de Lula fica para 2025
Com os impasses internos e a incerteza em torno da posição da Executiva Nacional do partido, o PT trabalha com a perspectiva de só definir, no ano que vem, qual será o palanque do presidente Lula em Minas Gerais em 2026. A avaliação é que o xadrez eleitoral no estado depende tanto das movimentações de Pacheco quanto da articulação com outras siglas da centro-esquerda.
Marília Campos ganha força para o Senado
Enquanto o cenário para o governo segue indefinido, a construção da pré-candidatura da prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), ao Senado é hoje o movimento mais avançado dentro do partido. O nome dela foi apresentado em reunião com a bancada federal, convocada para discutir o quadro majoritário em Minas.
De acordo com a direção estadual, a participação de Marília no encontro serviu para consolidar um apoio que já vinha sendo costurado. A dirigente relata que houve um convite da bancada e do PT para que a prefeita apresentasse publicamente sua disposição de concorrer ao Senado, desejo que ela própria já havia manifestado em outras ocasiões.
Margarida Salomão na chapa e alianças de centro-esquerda
A mesma reunião também tratou da possibilidade de a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, integrar uma chapa ao governo de Minas em 2026, seja como candidata ao Palácio Tiradentes, seja como vice. A presença de duas gestoras municipais no centro das conversas é vista como um ativo pelo partido, que busca nomes com base consolidada em grandes cidades.
Antes de tomar qualquer decisão sobre quem liderará o projeto para o governo, porém, o PT mineiro pretende intensificar as negociações com PDT, MDB e PSB. A ideia é construir uma aliança de centro-esquerda mais ampla, na qual não estaria descartada a possibilidade de apoiar um candidato de outra sigla.
Segundo interlocutores petistas, o foco das tratativas não é impor obrigatoriamente um nome do PT ao governo de Minas, mas garantir que a disputa estadual tenha um candidato competitivo de centro-esquerda, capaz de enfrentar a força dos palanques à direita no estado em 2026.
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