O Ministério Público do Ceará (MPCE) apura a existência de uma rede clandestina de abortos em Fortaleza após um caso em que uma gestante teve a gravidez interrompida sem o próprio consentimento. A investigação faz parte da Operação Rede Oculta, deflagrada para desarticular o grupo suspeito de atuar ilegalmente na capital.

Gestante teria sido dopada pelo companheiro

A apuração teve início no Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc). De acordo com as investigações, o companheiro da vítima é suspeito de ter dopado a mulher para viabilizar o procedimento sem que ela autorizasse. Um profissional da área da saúde também é apontado como integrante do suposto esquema.

Mandados cumpridos em Fortaleza

Durante a Operação Rede Oculta, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em residências de investigados, ambas localizadas em Fortaleza. As autoridades apuram a prática dos crimes de aborto provocado com consentimento da gestante (art. 124), aborto provocado por terceiro (art. 125) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal).

Decisão judicial e apuração em curso

As medidas judiciais foram autorizadas pela 3ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará foi acionada para prestar esclarecimentos sobre o caso e, até o momento, ainda não se manifestou publicamente.