Empresário bolsonarista que planejou explosão em Aeroporto de Brasília disse ter gasto R$ 170 mil em armas
Homem teve prisão preventiva decretada por tempo indeterminado
Por Plox
26/12/2022 11h07 - Atualizado há quase 2 anos
Um empresário, de 54 anos, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal, na noite desse sábado (24), por montar um artefato explosivo em um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília. Ele confessou à polícia ter gasto R$ 170 mil com armas para organizar o atentado.
O empresário é do Pará, mas estava em Brasília desde novembro. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele frequentava o acampamento em frente ao Exército e não aceitava o resultado das urnas na eleição presidencial deste ano.
O homem foi preso em um apartamento na região central do Distrito Federal, onde foi localizado ao menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições, uniformes camuflados e outros explosivos. Ele ficará preso por tempo indeterminado após decisão da juíza Acácia Regina Soares de Sá, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), durante audiência de custódia.
Segundo a polícia, o empresário tem registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador, mas o documento estava em situação irregular.
O bolsonarista confessou à polícia que queria explodir o caminhão próximo ao aeroporto para chamar atenção dos apoiadores de Bolsonaro e iria distribuir armas para outros militantes.
O explosivo foi detonado com segurança pela Polícia Militar. Os policiais procuram por outras pessoas que estariam envolvidas no caso.
O delegado-geral da PCDF, Robson Cândido, explicou que o criminoso tem registro de Caçador, Atirador e Colecionador – CAC, mas tudo que foi apreendido está fora da norma.
“Queremos destacar que a PCDF vai prender qualquer pessoa que atente contra o Estado Democrático de Direito, com ameaças e, agora, com bombas. Não permitiremos, em Brasília, esse tipo de manifestação que atente contra vidas, o direito de ir e vir das pessoas ou mesmo patrimônios”, afirmou Robson Cândido, delegado-geral da PCDF.
O delegado ainda afirmou que “se esse material adentrasse o Aeroporto de Brasília, seria uma tragédia, mas nós conseguimos interceptar e evitar”, ressaltou.