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Economia

Preços das padarias devem subir em 2025 com alta no café e dificuldades na mão de obra

Inflação sobre insumos e escassez de funcionários pressionam setor de panificação

26/12/2024 às 12:03 por Redação Plox

Os preços nas padarias de Minas Gerais devem sofrer um aumento expressivo em 2025, impulsionados pela alta acumulada nos custos do café e do pão francês, além de dificuldades relacionadas à contratação e retenção de funcionários. A avaliação é de Vinicius Dantas, presidente da Amipão, entidade que representa o Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado de Minas Gerais (Sip) e a Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amip).

Foto: PIXABAY / DIVULGAÇÃO

Alta do café e impacto climático

O café, um dos itens mais consumidos nas padarias, deve começar 2025 com uma elevação acumulada de até 60% no preço. Em 2024, a bebida já havia registrado um aumento de cerca de 40%, e uma nova alta de 20% está prevista para ocorrer até o final de janeiro.

Segundo Dantas, as intempéries climáticas e a baixa produtividade explicam a disparada nos preços do café. “O café em 2024 teve um aumento muito significativo, mas justificado um pouco pela baixa produtividade e pelas intempéries climáticas”, afirmou o presidente da Amipão.

Custos do pão francês sob pressão cambial

Apesar de ainda não haver um índice exato para o reajuste do pão francês, a volatilidade do dólar já impacta diretamente os custos do setor, especialmente o preço da farinha de trigo, principal insumo. Rubens Barbosa, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), destacou em nota os desafios enfrentados pelo Brasil, que depende de importações para complementar sua produção interna.

“O Brasil, que ainda depende da importação de trigo para complementar sua produção interna, enfrentou um cenário desafiador em 2024, marcado por volatilidade nas cotações internacionais, adversidades climáticas e uma expressiva redução na produção nacional. Esses fatores, combinados com a valorização do dólar, já estão sendo refletidos nos custos dos moinhos, aumentando a pressão sobre toda a cadeia produtiva e indicando que o aumento da farinha de trigo será inevitável”, pontuou Barbosa.

Além disso, a possível compra de trigo pela China da Argentina, que atualmente fornece 60% do trigo consumido pelo Brasil, pode impactar ainda mais os preços no mercado interno, conforme alertou Dantas.

Crise na mão de obra do setor

Outro desafio significativo para as padarias está na escassez de mão de obra. A dificuldade em atrair e reter funcionários, tanto qualificados quanto não qualificados, tem levado o setor a rever salários e benefícios.

De acordo com Dantas, a convenção coletiva prevista para janeiro deve determinar reajustes salariais na faixa de 6% a 7%, além de melhorias em benefícios como planos odontológicos e vales-alimentação. “Os reajustes terão que ser significativos para retenção de funcionários, porque está difícil. Estamos perdendo muitos funcionários por baixos salários”, ressaltou.

Impacto de aplicativos e desafios regulatórios

A concorrência com aplicativos de entregas também agrava a crise de mão de obra no setor de panificação. Cargos essenciais, como atendentes e padeiros, são os mais afetados pela saída de trabalhadores para plataformas de serviços, que oferecem maior flexibilidade.

Dantas criticou a estrutura atual da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que considera inadequada para enfrentar as novas dinâmicas de mercado. “Hoje um funcionário custa o dobro em encargos do que você desembolsa diretamente para ele, o que não acontece com os aplicativos. Eles estão livres e liberados, não têm férias, 13º salário, e isso está muito desigual no mercado de trabalho”, declarou.

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