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Política
Abin cobra devolução de R$ 10 mil de Ramagem, considerado foragido
Agência notifica ex-diretor-geral por valores pagos indevidamente em encargos trabalhistas e aponta que ele está em local incerto no exterior, com prazo de 15 dias para manifestação
26/12/2025 às 18:01por Redação Plox
26/12/2025 às 18:01
— por Redação Plox
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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) notificou nesta sexta-feira (26) o ex-diretor-geral Alexandre Ramagem em um processo administrativo que pede a devolução de R$ 10 mil pagos indevidamente a ele. Segundo a agência, o valor corresponde a ajustes de encargos trabalhistas referentes ao período em que ele comandou o órgão.
Alexandre Ramagem foi diretor-geral da Abin entre 2019 e 2022 e teve a prisão decretada pelo STF.
Foto: .Divulgação
Na notificação, a Abin registra que Ramagem está “em local incerto e não sabido” e estabelece prazo de 15 dias para que ele apresente manifestação, caso deseje. A agência reforça que se trata de uma medida administrativa relacionada exclusivamente ao tempo em que o ex-diretor atuou na chefia da instituição.
Carreira na Abin e passagem pela Câmara
Alexandre Ramagem assumiu o cargo de diretor-geral da Abin em 2019, nomeado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele deixou a função em março de 2022 para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PL do Rio de Janeiro.
Nas eleições, foi eleito com 59.170 votos e tomou posse como deputado federal. O mandato, porém, foi interrompido após condenação no Supremo Tribunal Federal (STF), que levou à perda do cargo eletivo.
Condenação, fuga e situação atual
Em setembro, Ramagem deixou o Brasil e fugiu para os Estados Unidos. No mesmo mês, o STF o condenou a 16 anos de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado que buscava manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições.
A ordem de prisão foi expedida pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e, desde então, Ramagem é considerado foragido.
Justificativa da Abin para cobrança
Em nota ao g1, a Abin informou que o Departamento de Gestão de Pessoas identificou a necessidade de retificar encargos trabalhistas pagos durante a gestão de Ramagem no órgão, o que resultou na cobrança dos R$ 10 mil.
A defesa do ex-deputado foi procurada, mas não se manifestou até a publicação da reportagem.