Polícia

Ex-namorado com histórico de agressões é suspeito de assassinar mulher no Natal

Tatiana Aparecida Vieira, de 40 anos, foi achada sem vida em casa com sinais de agressão; ex-companheiro de 21 anos tinha medida protetiva por violência doméstica e está foragido

26/12/2025 às 11:42 por Redação Plox

A auxiliar de enfermagem Tatiana Aparecida Vieira, de 40 anos, foi encontrada morta na tarde de quinta-feira (25), em Guarulhos, na Grande São Paulo, com sinais de agressão no rosto e no pescoço.

A auxiliar de enfermagem Tatiana Aparecida Vieira, 40 anos, foi encontrada morta, com sinais de agressão no rosto e no pescoço.

A auxiliar de enfermagem Tatiana Aparecida Vieira, 40 anos, foi encontrada morta, com sinais de agressão no rosto e no pescoço.

Foto: Reprodução / Redes sociais.



O principal suspeito do crime é o ex-namorado dela, Wesley Roma Palma, de 21 anos, que já tinha contra si uma medida protetiva baseada em histórico de violência. 


De acordo com policiais militares que atenderam a ocorrência, vizinhos relataram que Tatiana mantinha um relacionamento “marcado por conflitos” com Wesley. Segundo a vizinhança, ele teria ido à residência da vítima na noite anterior, em 24/12, e deixado o local antes da chegada da PM.


A Polícia Militar foi acionada após familiares perderem contato com Tatiana e receberem informações sobre o que poderia ter ocorrido dentro do imóvel.

Relacionamento recente e histórico de agressões

Conforme o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Guarulhos, Tatiana manteve uma união estável com Wesley por cerca de dois meses. O relacionamento havia terminado poucos dias antes do registro policial por agressão, feito no início de agosto.


Em depoimento à Polícia Civil, ela afirmou que decidiu encerrar a relação e bloqueou o ex-companheiro em aplicativos de mensagens e no telefone. Mesmo após o rompimento, Wesley teria insistido em procurá-la, sem aceitar o fim do relacionamento.


Segundo o relato registrado no boletim, no dia do episódio que motivou o pedido de medida protetiva, Wesley foi até a casa de Tatiana, na rua Quimera, no bairro dos Pimentas, e entrou no imóvel pulando a janela.


A vítima contou que tentou expulsá-lo e pediu para que ele fosse embora, mas, naquele momento, ele a teria agredido com vários socos, atingindo principalmente o rosto, a região dos olhos e o braço direito.


Durante as agressões, Tatiana relatou ter sido ameaçada de morte. O boletim de ocorrência registra que Wesley teria dito: “Vou te matar no seu serviço e te enterrar no mato e depois vou fugir para São Paulo, fico foragido, ninguém vai me achar”.

Wesley Roma Palma teria descumprido medida protetiva e ido à residência da vítima na noite que antecedeu encontro de corpo.

Wesley Roma Palma teria descumprido medida protetiva e ido à residência da vítima na noite que antecedeu encontro de corpo.

Foto: Reprodução / Redes sociais.



O conteúdo da ameaça foi considerado grave pela polícia e embasou o enquadramento nos crimes de lesão corporal e ameaça, em contexto de violência doméstica, previstos na Lei Maria da Penha.

Medida protetiva e pedido de proteção

Após o episódio, Tatiana buscou atendimento médico no Hospital Pimentas Bonsucesso, onde recebeu cuidados em razão das lesões sofridas. Em seguida, dirigiu-se à DDM de Guarulhos para registrar a ocorrência e formalizar o pedido de proteção.


No depoimento, ela declarou que a casa onde morava era própria e que não dependia financeiramente de Wesley. Afirmou ainda que nunca havia registrado boletim de ocorrência contra ele antes e que aquele episódio representava um ato isolado.


Ciente dos direitos garantidos pela Lei Maria da Penha, Tatiana solicitou medidas protetivas de urgência, incluindo a proibição de aproximação do agressor, com distância mínima a ser respeitada, a proibição de qualquer tipo de contato e a restrição de frequência a determinados locais, para resguardar sua integridade física e psicológica.


A Justiça acolheu o pedido e determinou que Wesley não se aproximasse da vítima a menos de 300 metros, nem mantivesse contato por qualquer meio de comunicação. O descumprimento da decisão poderia resultar em multa e até prisão preventiva, conforme registrado nos autos.

O caso está sob investigação do 4º Distrito Policial de Guarulhos, que apura o descumprimento da medida protetiva e as circunstâncias do homicídio.

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