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Morre aos 77 anos Cláudio Mortari, ex-técnico da seleção brasileira de basquete

Ícone do basquete nacional, Mortari brilhou por Palmeiras e Sírio, conquistou o Mundial Interclubes de 1979 e comandou a seleção brasileira nas Olimpíadas de Moscou em 1980

26/12/2025 às 07:34 por Redação Plox

O ex-técnico da seleção brasileira de basquete Cláudio Mortari morreu aos 77 anos na quinta-feira (25). A família comunicou a morte em nota divulgada nas redes sociais.

Ex-técnico da seleção brasileira de basquete Cláudio Mortari.

Ex-técnico da seleção brasileira de basquete Cláudio Mortari.

Foto: Reprodução / Redes sociais.



De acordo com o ge, Mortari vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos meses. A causa da morte não foi informada.


Ícone do basquete dentro e fora das quadras, Mortari dedicou toda a vida ao esporte. Nascido em São Paulo em 15 de março de 1948, começou muito cedo sua relação com a modalidade.

Início no Palmeiras e transição para o comando técnico

Aos 11 anos, ingressou nas categorias de base do Palmeiras, clube pelo qual percorreu toda a carreira como atleta até chegar ao time adulto. Aos 25 anos, encerrou o ciclo como jogador para iniciar uma trajetória ainda mais marcante como treinador.


No próprio Palmeiras, teve papel central na formação de talentos, à frente das equipes de base, e foi eleito seis vezes melhor técnico. Em 1976, assumiu o time adulto e, no ano seguinte, conduziu o clube ao título do Campeonato Brasileiro, além de promover a chegada de Oscar Schmidt ao elenco profissional.

Projeção internacional e era de ouro no Sírio

Foi no Esporte Clube Sírio que Mortari consolidou seu nome na história do basquete brasileiro e internacional. Ele comandou a chamada era de ouro do clube, liderando a conquista do Campeonato Mundial Interclubes de 1979 com um elenco histórico que tinha Oscar Schmidt, Marcel de Souza e Marquinhos Abdalla.


Ao longo da carreira, esteve à frente de diversos clubes tradicionais do país, deixando marcas em cada passagem. Treinou equipes como Bradesco, Corinthians, Pirelli, Telesp, Rio Claro, Mogi das Cruzes, Mackenzie, Flamengo, Campos, Paulistano, São Bernardo e Pinheiros.

Trabalho na seleção brasileira e legado

Na seleção brasileira, Mortari também teve participação expressiva. Em 1980, comandou o time masculino nos Jogos Olímpicos de Moscou, levando a equipe até as quartas de final. Atuou ainda nas seleções de base e, em 1979, conquistou o vice-campeonato mundial com a equipe juvenil.


Em nota, o Comitê Olímpico do Brasil ressaltou que Mortari dedicou toda a vida ao esporte e foi peça importante na evolução do basquete no país, inspirando atletas, treinadores e novas gerações. A Confederação Brasileira de Basketball destacou a relevância histórica do treinador e seu legado duradouro.

O basquete brasileiro perdeu um de seus grandes nomes. Vai-se o homem, fica a lenda. Marcelo Sousa

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