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IPVA 2026: entenda cálculo, alíquotas, isenções e formas de pagamento no Brasil
Imposto estadual que usa valor venal do veículo, o IPVA 2026 tem alíquotas entre 1% e 4%, regras de isenção para veículos antigos, PCD, táxis e elétricos, além de descontos para quem paga à vista e orientações para emitir guias online
26/12/2025 às 09:36por Redação Plox
26/12/2025 às 09:36
— por Redação Plox
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O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é uma das principais obrigações fiscais do início do ano no Brasil. Trata-se de um tributo estadual cuja arrecadação é dividida igualmente entre o estado e o município onde o veículo está registrado. O não pagamento impede a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), deixando o automóvel irregular para circulação.
Para o exercício de 2026, a cobrança deve refletir a tendência de estabilização dos preços de seminovos observada no fim de 2025, com base na tabela Fipe de setembro ou outubro do ano anterior, conforme a legislação de cada Secretaria da Fazenda (SEFAZ).
Não pagamento do IPVA impede a emissão do CRLV
Foto: Divulgação
Como é calculado o IPVA 2026
A estrutura do IPVA varia de acordo com cada unidade da federação. O valor do tributo é obtido multiplicando-se a base de cálculo (valor venal do veículo) pela alíquota definida pelo estado.
Valor venal: no caso de veículos usados, é utilizada a média de mercado divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Para veículos zero quilômetro, a referência é o valor da nota fiscal de compra.
Alíquotas: para carros de passeio, costumam variar entre 1% e 4%. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais operam em geral no teto de 4%, enquanto unidades como Espírito Santo e Santa Catarina aplicam alíquotas menores, em torno de 2%.
Isenções: há regras específicas para veículos com determinada idade — em geral entre 10 e 20 anos de fabricação, conforme a legislação local — e para categorias como PCD, táxis e, em alguns estados, veículos elétricos. Nesses casos, podem ser concedidas isenções ou imunidades tributárias regulamentadas.
Vantagens e desvantagens de pagar à vista ou parcelado
A definição da forma de pagamento do IPVA 2026 exige análise do impacto financeiro para o contribuinte, especialmente ao comparar cota única e parcelamento.
Pontos fortes da cota única:
Desconto financeiro: o pagamento à vista costuma oferecer redução entre 3% e 20%, dependendo do estado. Em um cenário em que a taxa básica de juros esteja abaixo do percentual de desconto, a quitação antecipada tende a ser mais vantajosa do ponto de vista matemático.
Regularização imediata: o pagamento integral elimina o risco de esquecimento de parcelas futuras e antecipa a possibilidade de licenciar o veículo dentro do calendário anual.
Pontos fracos do parcelamento:
Comprometimento de renda: embora facilite o fluxo de caixa ao longo do ano, o parcelamento pode se estender por até 5 ou 10 meses, conforme a unidade da federação, somando-se a outras despesas fixas do orçamento familiar.
Perda de rendimento: ao optar pelo parcelamento sem juros, o contribuinte abre mão do desconto da cota única. Na prática, isso equivale a um “juros implícito”, correspondente à diferença entre o valor cheio e o valor com abatimento.
Passo a passo para emitir as guias e manter a regularidade
Para evitar pendências com o Fisco e risco de inscrição em dívida ativa, a emissão das guias do IPVA 2026 deve seguir o fluxo digital definido pelas Secretarias da Fazenda de cada estado.
1. Acesso aos canais oficiais
O contribuinte deve entrar no site oficial da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) ou do Detran do estado de emplacamento do veículo, sempre evitando páginas de terceiros para reduzir o risco de fraude. Em muitos estados, os sistemas já estão integrados ao portal Gov.br ou a aplicativos oficiais, como a “Carteira Digital de Trânsito” e apps estaduais, a exemplo do Poupatempo em São Paulo.
2. Identificação do débito
Dentro do sistema, é preciso localizar a opção “IPVA 2026” ou “Débitos Veiculares”. Em seguida, o usuário informa o número do Renavam e, em alguns casos, também a placa do veículo ou o CPF do proprietário. O sistema recupera automaticamente o valor venal e aplica a alíquota vigente para calcular o imposto devido.
3. Escolha da forma de pagamento e geração da guia
Após a consulta, o contribuinte seleciona a modalidade desejada: cota única (com ou sem desconto, conforme o calendário) ou parcelamento. A guia de arrecadação é emitida com código de barras ou QR Code para pagamento via Pix, o que costuma acelerar a baixa bancária e a atualização da situação do veículo nos sistemas do Detran.