O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém ativo o alerta vermelho de onda de calor que atinge amplas áreas das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil. O aviso, classificado como de grande perigo, segue válido até a próxima segunda-feira, dia 29. a área afetada tem temperatura de 5°C acima da média histórica. Por exemplo, SP bateu recorde de temperatura após 64 anos, ao atingir a máxima de 35,9 °C, e o Rio registrou 40,1 °C. Veja as áreas afetadas com os alertas na Live.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém em vigor o alerta vermelho para a onda de calor que atinge partes das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país, com maior intensidade nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
O alerta vermelho, válido até a próxima segunda-feira (29), é o nível mais alto entre os três avisos emitidos pelo instituto: amarelo, para perigo potencial; laranja, para perigo; e vermelho, para grande perigo.
Segundo o Inmet, desde o dia 23 a área afetada registra temperaturas cerca de 5 °C acima da média histórica para este período do ano.
Rio de Janeiro e São Paulo estão totalmente incluídos no alerta vermelho. Também estão sob a mesma condição o Norte do Paraná, abrangendo Londrina e Curitiba; o Sul de Minas Gerais, incluindo Uberaba, Varginha e Juiz de Fora; o Leste de Mato Grosso do Sul, com destaque para Três Lagoas; e o Sul do Espírito Santo, na região de Cachoeiro de Itapemirim.
Foto: Inmet
Uma massa de ar quente tem impedido o avanço de frentes frias em direção ao Sudeste, o que dificulta a renovação do ar e favorece a manutenção de temperaturas persistentemente elevadas. A situação está associada a um vórtice ciclônico de altos níveis, fenômeno que cria um bloqueio atmosférico e favorece o surgimento e a permanência de ondas de calor.
Meteorologistas apontam que o país vive uma condição de neutralidade climática, que tende a manter o comportamento típico das estações do ano. Nesse cenário, são comuns episódios de calor intenso e maior umidade, características associadas ao verão.
Para que um evento seja caracterizado como “calorão”, é necessário que a temperatura fique mais de 5 °C acima da média climatológica esperada para a época do ano por cerca de cinco dias seguidos. Esse cálculo é feito com base em séries históricas de pelo menos 20 anos.
Foto: Inmet
De acordo com o Ministério da Saúde, as ondas de calor são especialmente perigosas em áreas urbanas por causa do efeito de ilha de calor, em que a grande concentração de edifícios, concreto e asfalto retém calor e eleva ainda mais as temperaturas.
O corpo humano não funciona adequadamente em temperaturas acima de 35 °C, o que torna esses episódios ainda mais preocupantes.
Os impactos são maiores entre os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com doenças renais, cardíacas, respiratórias ou de circulação, diabéticos, gestantes e população em situação de rua.
O calor excessivo também interfere no sono, o que pode prejudicar o humor, aumentar a irritabilidade e reduzir a produtividade, afetando o tempo de descanso, a memória e a capacidade de tomada rápida de decisões.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Nessas condições, a orientação não se limita à hidratação. É necessário se proteger do sol, evitar a exposição entre 10h e 16h, usar roupas leves e claras, priorizar ambientes ventilados e evitar a prática de exercícios físicos nos horários mais quentes.
Trabalhadores que não podem evitar a exposição ao calor extremo, como profissionais da construção civil, entregadores e equipes de coleta de lixo, devem fazer pausas frequentes durante as horas de maior temperatura.
Entre os principais sinais de alerta associados às ondas de calor estão:
Transpiração excessiva,
Fraqueza,
Tontura,
Náuseas,
Dor de cabeça,
Câimbras musculares e
Diarreia.
Diante desses sintomas, a recomendação é buscar atendimento na unidade de saúde mais próxima para avaliação.
