O Governo de São Paulo registrou em 2025 o maior número de cirurgias eletivas da história do SUS paulista. Ao longo do ano, foram realizados 1,3 milhão de procedimentos, um aumento de 85,7% em relação a 2022. Somando os três anos da atual gestão, o Estado atingiu 3,5 milhões de cirurgias eletivas, com 1,2 milhão em 2024 e 1 milhão em 2023.
Número é 85,7% superior em comparação a 2022; novo modelo de financiamento permitiu o crescimento em todo estado.
Foto: Agência SP.
O avanço está ligado à ampliação de serviços, ao fortalecimento dos hospitais e ao novo modelo de financiamento da rede pública, impulsionado pela Tabela SUS Paulista. A abertura e reativação de mais de 8 mil leitos nos últimos três anos também teve impacto direto na capacidade de atendimento.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) apontam que, nos últimos 12 meses, foram realizadas 10.753 cirurgias oncológicas, ante 7.983 em 2022, crescimento de 34,7%. As cirurgias cardíacas passaram de 76.481 para 98.382, um aumento de 28,6%. Já os procedimentos do aparelho da visão subiram de 47.479 para 67.708, alta de 38%.
Segundo a pasta, a Tabela SUS Paulista permitiu que a rede estadual ultrapassasse a média histórica de cerca de 700 mil cirurgias eletivas por ano, atingindo patamares inéditos de produção cirúrgica ao longo da atual gestão.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, a modernização do modelo de financiamento e a ampliação de leitos deram suporte para reduzir filas, acelerar agendas cirúrgicas e ampliar o acesso em todas as regiões do Estado, em parceria com equipes médicas e instituições contratualizadas.
As cirurgias eletivas são procedimentos programados, realizados quando não há risco imediato de morte para o paciente. Envolvem intervenções fundamentais para reduzir dor, melhorar a qualidade de vida e evitar o agravamento de doenças, como cirurgias ortopédicas, oftalmológicas, ginecológicas e gerais.
Embora não sejam classificadas como de urgência, essas intervenções têm impacto direto na rotina e no bem-estar das pessoas, ao permitir que retomar atividades diárias, profissionais e de convívio social.
Morador de Itatinga, Sebastião Luiz da Silva, de 69 anos, conviveu por anos com dor no peito durante o trabalho no corte de madeira. No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), ele recebeu o diagnóstico de um problema cardíaco complexo e passou a aguardar cirurgia enquanto seguia em acompanhamento.
O paciente relata que acreditava que a operação somente ocorreria no ano seguinte, mas o uso da Tabela SUS Paulista aliado à atuação da equipe do hospital permitiu antecipar o procedimento. Ele destaca que os efeitos da cirurgia vão além da melhora clínica, significando a possibilidade de voltar a conviver plenamente com a família, retornar ao trabalho e retomar a vida comunitária com mais esperança.
Ele também ressalta a qualidade do atendimento recebido, desde as consultas até o período pós-operatório, e conta que agora poderá passar o Natal em melhores condições de saúde, o que considera um presente inesperado para este ano.
Criada na atual gestão estadual, a Tabela SUS Paulista complementa os repasses federais e permite que hospitais filantrópicos recebam valores maiores pelos procedimentos realizados. Até setembro de 2025, cerca de R$ 8 bilhões foram destinados a santas casas e entidades parceiras do SUS em todo o estado.
Em agosto, o governo paulista ampliou o alcance do programa para hospitais municipais, contemplando mais de 100 unidades em aproximadamente 70 cidades. Para a gestão estadual, a injeção de recursos adicionais na rede filantrópica e municipal é um dos pilares para sustentar o recorde de cirurgias eletivas e expandir o acesso à assistência.
Nos últimos três anos, a administração estadual afirma ter atuado para enfrentar gargalos históricos na infraestrutura e nos serviços públicos, retomando obras paradas e implementando projetos considerados estruturantes. Entre os resultados destacados estão a entrega da primeira etapa do Rodoanel Norte e a previsão de funcionamento da Linha 17-Ouro do metrô a partir de março.
Também constam na lista o início do projeto do Túnel Imerso Santos-Guarujá, ações voltadas ao fim da Cracolândia na região central da capital, a inclusão de 2 milhões de pessoas na rede de água e de outras 3 milhões em sistema de esgoto tratado após a desestatização da Sabesp, além da entrega de 76 mil moradias e mais 110 mil em construção.
Na educação, o governo ressalta a criação de 46 mil vagas em universidades por meio do Provão Paulista e 2 mil intercâmbios internacionais pelo programa Prontos Pro Mundo. Na segurança pública, menciona a menor taxa de homicídios da série histórica e reduções em latrocínios e roubos em 2025. No campo da saúde, além do recorde de 3,5 milhões de cirurgias eletivas, a gestão aponta R$ 8 bilhões investidos em cerca de 800 santas casas e instituições de saúde com apoio da Tabela SUS Paulista.
