Bolsonaro diz que manterá a neutralidade sobre guerra, para não "trazer as consequência do embate pro Brasil"

Presidente fez as declarações durante entrevista coletiva neste domingo

Por Plox

27/02/2022 19h33 - Atualizado há cerca de 2 anos

O presidente da República Jair Bolsonaro disse em coletiva de imprensa em Guarujá (SP) neste domingo (27) que conversou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Segundo ele, o diálogo teve como assunto o conflito entre Rússia e Ucrânia e ocorreu em uma ligação que durou em torno de duas horas. Bolsonaro declarou que o Brasil manterá a neutralidade, para não "trazer as consequência do embate pro Brasil".

O presidente do executivo ainda disse que "entendo que não há interesse por parte do líder russo de praticar um massacre. Ele está se empenhando em duas regiões do Sul da Ucrânia que, em referendo, mais de 90% da população quis se tornar independente, se aproximando da Rússia. Uma decisão minha pode trazer sérios prejuízos para o Brasil", afirmou.

A tensão entre Rússia e Ucrânia atingiu o auge na última quinta-feira (24). As tropas russas invadiram o território ucraniano. Provavelmente o maior ataque entre países europeus desde a Segunda Guerra Mundial.

Em uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (24), o governo brasileiro, por meio do  Itamaraty, disse que estava avaliando a melhor forma de retirar os brasileiros, que estão na Ucrânia, que estimam ser de aproximadamente  500 pessoas; 160 já foram cadastradas na embaixada brasileira. O embaixador Leonardo Gorgulho, informou que a intenção do governo brasileiro é  fazer a evacuação de todos os brasileiros na Ucrânia assim que as condições permitam.

Diversos brasileiros conseguiram sair da Ucrânia para Polônia por meio de um trem neste fim de semana e agora aguardam poder retornar ao Brasil.

 

 

Segundo o ministro Adriano Pucci, diretor do departamento de comunicação social, o Brasil não pretende agir para "rugirem os tambores em Kiev”. A posição do Brasil é de viabilizar a paz, de acordo com nossa constituição e com a carta das Nações Unidas.

Para o governo brasileiro “Há mais razão para o diálogo, quando ele é mais difícil”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou a ação dos militares no território ucraniano no dia 24 de fevereiro e disse que, caso alguém tente interferir, sofrerá consequências nunca vistas. 
 

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