Mãe de menino que caiu de janela estaria em passeio de barco, diz testemunhas

Os policiais militares que estiveram no apartamento da família relataram que o imóvel se encontrava em "estado deplorável, com bagunça e deterioração"

Por Plox

27/02/2023 14h01 - Atualizado há quase 2 anos

Um menino de sete anos morreu ao cair do segundo andar de um prédio no Andaraí, Zona Norte do Rio, nesse domingo (27). De acordo com policiais militares acionados para a ocorrência, testemunhas relataram que era comum as crianças ficarem sozinhas no imóvel e que a mãe estava em um passeio de barco no momento do acidente. A mãe, identificada como Jéssica Silva Ramos, negou ter deixado o filho sozinho em casa com o irmão mais velho, em uma rede social.

O menino Hallan Luis Silva Ramos Ventura, com sete anos de idade, caiu do segundo andar de um prédio no bairro Andaraí, Zona Norte do Rio de Janeiro, enquanto tentava passar de um quarto para outro pela janela. Ele morava no apartamento com a mãe e dois irmãos, um de nove e outro de quatro anos de idade. Durante a queda, estavam em casa apenas os dois filhos mais velhos, pois o irmão mais novo havia sido deixado sob cuidados de parentes. 

 

Hallan Luis Silva Ramos, de 7 anos, morreu ao cair do prédio que morava no Andaraí — Foto: Reprodução
Foto: reprodução

 

Os policiais militares que estiveram no apartamento da família relataram que o imóvel se encontrava em "estado deplorável, com bagunça e deterioração". A mãe não foi encontrada até o momento, mas o caso foi registrado na 20ª DP, que investiga se houve abandono de incapaz com resultado de morte.

A queda foi de uma altura de cerca de 20 metros, apesar de o apartamento estar localizado no segundo andar, há outros três pavimentos abaixo, incluindo o térreo e dois andares de garagem.

 

Foto: reprodução/ Google Street View

 

Moradores do prédio e vizinhos da família descreveram Hallan como um menino dócil e educado. "Conheço toda a família, gente muito humilde e muito trabalhadora, há muitos anos. A avó materna é enfermeira, trabalha em dois hospitais. Mal tem tempo para dormir. São pessoas boníssimas. Pai trabalhador, avô trabalhador, irmãos trabalhadores. Todo mundo gente da melhor qualidade. São excelentes vizinhos", contou Aristóteles Almeida Filho, advogado e vizinho de andar da família.


 

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