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Economia

Minas Gerais sofre prejuízos com a paralisação da mineração

Estudo da FIEMG mostra que cenário de paralisação no setor afeta gravemente a sociedade mineira

27/03/2019 às 17:07 por Redação Plox

O PIB mineiro pode fechar 2019 com recuo de 4% com a perda de 851 mil empregos. A estimativa está em um estudo que a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) acaba de lançar, no qual analisa os efeitos da paralisação das atividades minerárias no estado. O trabalho considera três diferentes cenários no horizonte de três anos (2019-2021): “pessimista”, com a interrupção de 70% das atividades do setor, “otimista”, com a retomada gradual da mineração, e “atual”, marcado pela paralisação de aproximadamente 50% da produção minerária estimada para 2019. A atividade em algumas minas no estado foi interrompida após o rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro.

 

O cenário atual é de queda de 90 milhões de toneladas na produção de minério de ferro no estado. Caso esse nível de paralisação parcial da mineração continue até o fim de 2019, um dos reflexos é o recuo na projeção de crescimento do PIB mineiro que, no fim de dezembro de 2018 era de 3,3% e, em março deste ano, caiu para 0,8%. Essa revisão contempla os recuos de produção, de massa salarial e as perdas de exportações, de arrecadação tributária e de empregos na atividade minerária e em sua cadeia de fornecedores. “Tínhamos previsto um crescimento vigoroso para 2019. Os efeitos sobre a economia e sobre a vida da população serão enormes”, afirma Flávio Roscoe, presidente da FIEMG.

 

Com o recuo da produção de minério de ferro, outro risco apontado pelo estudo é a falta de matéria-prima em outros setores da indústria. “Pode ocorrer a ruptura de abastecimento para as empresas, impactando os fabricantes de peças automotivas, de autopeças e fabricantes da linha branca”, aponta o líder empresarial. “A produção de minério no estado estimada para esse ano era de aproximadamente 190 milhões de toneladas. Somente a região Sudeste demanda cerca de 100 milhões de toneladas. Já não existe minério de ferro suficiente para atender a metalurgia e a siderurgia”, afirma Roscoe.

Flávio-RoscoeFlávio Roscoe, presidente da FIEMG (Foto: divulgação)

 

Os impactos negativos dos cenários em estudo não são apenas para a indústria. Na cadeia de fornecedores da mineração, os setores mais afetados seriam o de comércio, transportes terrestres e armazenamento, construção, serviços financeiros e energia. De acordo com as estimativas da FIEMG, a descontinuidade da atividade de extração minerária em Minas Gerais até o final do ano pode levar a um corte de mais de 100 mil postos de trabalho em 2019 nesses setores. Se for levada em consideração a queda de produção de segmentos que dependem direta ou indiretamente do minério como insumo – siderurgia, metalurgia, automotivo, equipamentos elétricos, entre outros –, o número de desempregados pode subir para quase 900 mil em todo o estado no período de 12 meses, levando à contração do PIB de Minas Gerais.

 

“Seria uma tragédia para Minas Gerais, que já está combalida após três anos de crise. Nós, mineiros, dependemos da mineração há mais de três séculos e temos hoje 1,7 milhão de pessoas que vivem diretamente e indiretamente da atividade mineradora”, afirma o presidente da FIEMG.

 

O objetivo do estudo é mostrar para a sociedade a importância da mineração e como a paralisação do setor pode impactar o estado, econômica e socialmente. “A mineração deve ser preservada, sem perder a segurança, tomando todas as precauções necessárias”, afirma. Segundo ele, algumas medidas, que foram tomadas no calor do momento após a tragédia de Brumadinho, precisam ser ajustadas. “Elas não agregam segurança e trazem malefícios para a economia, impactando negativamente os postos de trabalho e também a arrecadação pública”, garante Roscoe.

 

Para o líder empresarial, o setor extrativo mineral está consciente dos desafios impostos por esse novo momento e está implementando medidas de segurança, para que a produção possa retornar sem riscos. “A lei foi alterada e barragens a montante estão banidas de nosso estado. Entretanto, precisa-se de um tempo adequado para a retirada total dos seus conteúdos, pois são volumes grandes”, esclarece. “É possível fazer mineração com segurança e sem os riscos que levaram ao rompimento da barragem de Brumadinho. Estamos trabalhando para isso”, afirma Roscoe.

 

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