O prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha, recebeu para uma longa reunião que durou desde as 17h até as primeiras horas da noite, nesta quinta-feira (26), comerciantes, profissionais liberais e prestadores de serviços que atuam em diversas regiões do município. Eles foram a prefeitura para ponderar sobre a necessidade de medidas que flexibilizem o funcionamento de estabelecimentos em meio à ameaça de contaminação do novo coronavírus que afeta todo o planeta e leva as autoridades sanitárias a imporem isolamentos sociais a bilhões de pessoas.
Foto: Divulgação PMI
A principal decisão da reunião desta quinta-feira (26) foi o anúncio de reavaliação da situação local pelo Conselho Gestor de Crise, na próxima segunda-feira (30), levando em conta também os argumentos e sugestões apresentados pelos setores econômicos. O prefeito fez questão de reafirmar que as medidas relacionadas com a pandemia são sempre tomadas de maneira colegiada, considerando antes de mais nada o comportamento do gráfico epidemiológico. “Compreendemos bem a aflição de muitos empreendedores, trabalhadores, pais e mães de família, e é claro que nunca desprezamos também a questão da sobrevivência econômica”, observou.
Foto: Divulgação PMI
O prefeito disse considerar em suas decisões, compartilhadas pelos demais membros do Conselho Gestor de Crise do município, “os números científicos e a máxima proteção da população sob a ótica de defesa da saúde pública”. Contudo, observou que “a questão econômica é igualmente pesada na balança e, exatamente por isso, estamos monitorando diariamente a situação. A ideia é que, percebendo a eliminação gradual dos riscos, retornemos à normalidade”, argumentou, lembrando, no entanto, que no momento está em vigência o decreto municipal 9273/2020, que impõe “restrições incontornáveis e absolutamente necessárias, até a próxima terça-feira (31)”.
O prefeito refutou a ideia de um isolamento vertical, “uma vez que a sociedade é composta por um todo. Não existem duas sociedades, uma de idosos e outra do restante da população. Muitos dos idosos moram com filhos e netos, e a tendência é que, mesmo que imaginemos ser possível isolá-los, eles acabem se contaminando por contatos familiares. Além de tudo, mesmo que o presidente da República tenha mencionado esta possibilidade em algumas de suas falas, não há qualquer documento oficial da União neste sentido, o que deixa estados e municípios desautorizados a qualquer ação nesse sentido”, esclareceu o Nardyello.