Augusto Cury apela ao STF por Débora e alerta para sofrimento dos filhos

Psiquiatra pede revisão da pena de mãe condenada por ato de 8 de janeiro e cita possíveis traumas nos filhos

Por Plox

27/03/2025 22h57 - Atualizado há 28 dias

O psiquiatra Augusto Cury, conhecido mundialmente por seus livros e palestras, fez um apelo público ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a revisão da pena aplicada a Débora Rodrigues dos Santos, que foi presa após pichar a estátua da Justiça durante os atos de 8 de janeiro de 2023.


Imagem Foto: ARP


Débora, mãe de dois filhos, pode ser condenada a até 14 anos de prisão. Cury demonstrou profunda preocupação com os impactos emocionais que essa separação pode causar às crianças, alertando para possíveis traumas no desenvolvimento emocional e psicológico dos menores.


– Eu venho suplicar ao STF em favor de uma mãe. A cada dia que os seus filhos ficam longe dela, eles choram e se angustiam – declarou o psiquiatra.



Em seu discurso, Cury pontuou que, apesar do erro cometido por Débora, a pena imposta não seria proporcional à gravidade do ato. Segundo ele, um gesto com batom não deveria ser tratado como uma ameaça à democracia. Ele enfatizou que a justiça precisa considerar não apenas a legalidade, mas também os aspectos sociais e humanos de cada caso.


O autor, que já ministrou conferências para magistrados e membros do próprio STF, defendeu que a justiça deve ter um olhar sensível, principalmente em casos envolvendo mães, mulheres e indivíduos sem histórico de violência.


– A justiça tem de ser cega, mas também tem de ter coração. A justiça tem que ter um olhar social – concluiu Cury.



Além do caso de Débora, o psiquiatra também solicitou que o Supremo reavalie as penas aplicadas a outros envolvidos nos eventos daquele dia, reforçando que punições devem ser aplicadas com discernimento e equilíbrio.


Destaques