Imprensa internacional repercute Bolsonaro réu por tentativa de golpe

Decisão do STF que tornou Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado em 2022 ganha destaque em veículos de vários países

Por Plox

27/03/2025 07h48 - Atualizado há 4 dias

A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado, teve ampla repercussão internacional. O julgamento também incluiu sete aliados do ex-mandatário, todos acusados de envolvimento no plano que teria sido articulado em 2022 para reverter o resultado das eleições presidenciais.


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O jornal norte-americano *The New York Times* noticiou que Bolsonaro foi 'condenado a enfrentar julgamento no Brasil por tentativa de golpe'. A matéria ressaltou que a medida representa um esforço significativo das autoridades brasileiras para responsabilizar o ex-presidente por uma suposta tentativa de desmontar a democracia, conduzindo um plano amplo para instaurar um golpe de Estado.


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Já o espanhol *El País* deu destaque ao caráter inédito do julgamento, enfatizando que é a primeira vez que um ex-presidente brasileiro é levado ao banco dos réus por tentativa de golpe. O periódico reforçou a relevância do processo no cenário político e jurídico do país.


O norte-americano *The Washington Post* também noticiou o caso, apontando que todos os cinco ministros da Primeira Turma votaram a favor de aceitar a denúncia contra Bolsonaro. O jornal ainda mencionou que o ex-presidente nega as acusações.


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Na Argentina, o jornal *Clarín* ressaltou os argumentos apresentados pelos magistrados brasileiros e relembrou que, em fevereiro, Bolsonaro e outras 33 pessoas foram formalmente acusadas por tentativa de golpe. A emissora britânica *BBC* afirmou que Bolsonaro 'pode enfrentar vários anos de prisão' caso seja condenado. A reportagem também frisou que o ex-presidente nunca reconheceu publicamente sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.


A decisão do STF, agora repercutida amplamente fora do Brasil, marca um novo capítulo nas investigações sobre os atos antidemocráticos que sucederam o processo eleitoral de 2022.


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