Política

Tarcísio sai em defesa de Bolsonaro após STF torná-lo réu

Governador afirma que ex-presidente provará inocência e diz que testemunhará a seu favor no Supremo

27/03/2025 às 16:57 por Redação Plox

Após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir, por unanimidade, transformar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em réu por tentativa de golpe de Estado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), utilizou suas redes sociais para manifestar apoio ao antigo aliado.


Imagem Foto: Presidência

Tarcísio afirmou que Bolsonaro é a maior liderança política do Brasil e continuará sendo. Ressaltou que, apesar das adversidades, acredita na prevalência da verdade e na comprovação da inocência do ex-presidente. "Estou certo de que Bolsonaro conduzirá esse processo com a coragem que sempre motivou todos ao seu redor. Siga contando comigo e com os milhões de brasileiros que estão ao seu lado", declarou o governador na plataforma X (antigo Twitter).


Além das manifestações online, Tarcísio informou que prestará depoimento em defesa de Bolsonaro no próprio Supremo. Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, disse: "Eu tenho uma gratidão muito grande e vou ser grato e leal sempre. Eu nunca vi o presidente armando para fazer algo que estivesse fora da Constituição".


Tarcísio, atualmente cotado como um dos principais nomes para disputar a presidência em 2026, reafirmou que não pretende concorrer ao cargo e reforçou que seu apoio permanece com Bolsonaro.


A denúncia aceita pelo STF foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e inclui, além de Bolsonaro, outras sete figuras ligadas ao governo anterior e às Forças Armadas: Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid.


As acusações contra o grupo abrangem diversos crimes, entre eles: organização criminosa (com penas que variam de três a oito anos, podendo chegar a 17 com agravantes), abolição violenta do Estado Democrático de Direito (quatro a oito anos), golpe de Estado (quatro a 12 anos), dano qualificado com uso de violência e grave ameaça (seis meses a três anos) e deterioração de patrimônio tombado (um a três anos).


A decisão representa mais um capítulo na série de processos que envolvem o ex-presidente e seus aliados mais próximos.


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