CPI da Pandemia ouve ex-ministro Mandetta na próxima semana

Segundo Renan Calheiros, relator da CPI, o ex-ministro deverá falar na CPI na próxima terça-feira

Por Plox

27/04/2021 15h46 - Atualizado há cerca de 4 anos

Nesta terça-feira (27), o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia na Casa, anunciou que na próxima semana Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde no Governo Bolsonaro, será ouvido.

Calheiros apresentou o plano de trabalho ao colegiado e os senadores integrantes da comissão terão até o meio-dia desta quarta-feira (28) para apresentarem sugestões de investigações e convocações para subsidiar o plano de trabalho do relator.

Segundo o senador, Mandetta será ouvido na próxima terça-feira (4), que deve falar sobre a atuação do Governo Federal, visto que ele era o ministro quando começou a pandemia no país, principalmente em relação a compra de remédios, como a cloroquina, e também sobre o processo de aquisição de vacinas contra a Covid-19.

Mandetta. Foto: reprodução/ Plox

 

Por determinação do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), as reuniões serão de forma semipresencial. Os integrantes da comissão que sempre estarão nas sessões presenciais serão ele, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator.

Oitivas
Antes mesmo da aprovação do plano de trabalho, os senadores já definiram que o primeiro a ser ouvido pelo colegiado, já na próxima terça-feira (4), será o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Os outros ex-ministros da pasta Nelson Teich, Eduardo Pazuello, e o atual, Marcelo Queiroga, além do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, também devem ser ouvidos.

A  comissão quer ouvir também o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.

No que diz respeito aos gastos públicos, a CPI da Pandemia deverá ser auxiliada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pela Polícia Federal (PF), pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelos tribunais de contas estaduais.

 

Imparcialidade
Sob acusações de ser suspeito para a função de relator, por seu filho Renan Filho ser o governador de Alagoas, Calheiros garantiu que “se pautará pela isenção, imparcialidade e despolitização dos trabalhos”.

“A CPI não é uma sigla de comissão parlamentar de inquisição, é de investigação. Nenhum expediente tenebroso das catacumbas do Santo Ofício será utilizado. A CPI, alojada em uma instituição secular e democrática, que é o Senado da República, tampouco será um cadafalso com sentenças pré-fixadas ou alvos selecionados”, ressaltou.
 

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